Na manhã desta terça-feira (25), a Polícia Federal realizou uma megaoperação em três municípios do Rio de Janeiro contra uma quadrilha especializada em praticar fraudes contra benefícios do INSS e falsificar documentos. Até o momento, 14 pessoas foram presas e outras cinco estão com mandados de prisão expedidos. Dezoito mandados de busca e apreensão também foram realizados.
De acordo com a polícia, a organização criminosa causou um prejuízo de, aproximadamente, R$ 8 milhões. Os investigadores estimam que, se eles não tivessem sido presos, esse valor poderia subir para R$ 12 milhões.
Os criminosos, espalhados entre os municípios de Niterói, Nilópolis e Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, se passavam por pessoas já falecidas ou criavam nomes fictícios para fraudar e obter benefícios do INSS do tipo pensão por morte e BPC-LOAS (um benefício ao idoso hipossuficiente).
Na casa de um dos alvos, em Nilópolis, foram apreendidos cartões e armas de fogo com munições.
Como os supostos beneficiários eram fantasmas, a quadrilha só conseguia realizar o crime com a ajuda de outros integrantes, "que se habilitavam como procuradores e faziam requerimentos na condição de representantes legais desses beneficiários 'inexistentes'", escreveu a PF. Eram esses procuradores que abriam as contas bancárias e proporcionavam os saques com cartões magnéticos.
Os criminosos devem responder por organização criminosa, estelionato previdenciário, falsidade ideológica, falsificação de documentos públicos e uso de documentos falsos. Se somadas, as penas podem chegar a 31 anos e 8 meses de reclusão.
*Sob supervisão de Helena Vieira