Perseguição na Barra da Tijuca pode ter acontecido depois de assalto

Vítimas reconheceram assaltantes depois de repercussão do caso

Beatriz Duncan e Fernando David

Suspeitos foram soltos durante a tarde desta quarta (02) Moabe Ferreira/Band Rio
Suspeitos foram soltos durante a tarde desta quarta (02)
Moabe Ferreira/Band Rio

Depois de serem soltos pela Polícia Civil na tarde desta quarta-feira (01), os seis envolvidos na perseguição na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, voltam a ser investigados. Duas vítimas foram até a 16ºDP, na mesma região, depois de reconhecerem os ocupantes como os responsáveis por um assalto, na saída de uma boate, na madrugada. Eles ficaram sabendo do caso depois da repercussão na imprensa.

“A gente viu uma reportagem e o carro batia com a descrição, as pessoas batiam com a descrição do fato que tinha acontecido com a gente lá na boate. Eu vim aqui porque eles furtaram meu telefone celular, uma pulseira minha de ouro transversal. O policial até reconheceu também. E roubaram um cordão do meu irmão. Tem várias testemunhas que estavam na hora que podem testemunhar também e dizer que viu”, afirma o estudante de direito, Douglas Macedo Filho. Eles teriam visto a reportagem depois de um alerta do porteiro do condomínio deles, que sabia do assalto.

O motorista do carro alvejado na perseguição  afirma que não ouviu o aviso dos policiais por estar com som alto.

“Eu não escutei o barulho (da polícia). Não era blitz”, afirmou Carlos Gabriel Lourenço Gonçalves, de 23 anos. Ele é um dos suspeitos do assalto. Questionado se estava com medo ele respondeu: “Tomei dois tiros, né!”

Inicialmente, os envolvidos estariam sendo investigados apenas por desobediência e disparo de arma de fogo. Mas agora, a investigação toma um novo rumo.

O QUE ACONTECEU?

A perseguição aconteceu na manhã de hoje (02) quando policiais teriam abordado o veículo em uma blitz. Os envolvidos tentaram fugir, dando início ao tiroteio. Segundo a Polícia Militar (PM), tiros teriam sido disparos em direção à viatura. O motorista nega essa versão. A corregedoria da PM investiga a versão dos policiais.

Depois de prestarem depoimento, os seis foram liberados. Nenhuma arma foi apreendida com os ocupantes. Mas no carro, no final da tarde, a polícia encontrou uma cápsula de bala. Na primeira perícia, os policiais encontraram celulares e uma máquina de cartão. O veículo é avaliado em R$ 140 mil.