Uma organização criminosa, especializada em roubo de combustível, foi desarticulada pela Polícia Civil, nesta quarta-feira (23). Ao todo, 36 mandados judiciais foram cumpridos hoje na “Operação Ratoeira", sendo 10 de prisão e 26 de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Até o momento, seis pessoas foram presas. 

Os criminosos faziam a perfuração de dutos da Transpetro, empresa subsidiária da Petrobras, e em seguida roubavam o combustível. Dentro do grupo, havia três núcleos diferentes: um responsável pela perfuração, outra para extração e transporte e um terceiro para empresários receptores do produto.

O furto de petróleo e derivados é considerado um crime de alta periculosidade social por criar a possibilidade de vazamentos, incêndios, explosões e danos ambientais para as comunidades vizinhas aos dutos.

“Todo prejuízo da Transpetro acaba sendo revestido para o consumidor. A partir do momento que a gente minora as perdas da Petrobras, o consumidor na ponta final também é favorecido porque isso tem impacto também no valor do combustível que chega ao cidadão” afirmou Bruno Gangoni, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Rio de Janeiro (GAECO/RJ). 

"Operação Ratoeira"

A investigação teve início quando dois membros da organização criminosa foram presos em flagrante, em 2017, enquanto transportavam o petróleo subtraído dos dutos da Petrobras, em Magé, na Baixada Fluminense. Os celulares dos criminosos foram apreendidos na ação. 

As autoridades descobriram um grupo de mensagens da quadrilha chamado “BR Ratobras’’, no qual as ações criminosas eram planejadas. A identificação e as funções de demais integrantes da quadrilha foram descobertas através de celulares apreendidos.