Organização criminosa de tráfico internacional de armas é alvo de operação da PF

Milhares de armas, peças, acessórios e munições foram apreendidos no Brasil e nos EUA

Pedro Cardoni (sob supervisão de Natashi Franco)

O destino final dos acessórios traficados era uma residência em Vila Isabel
Divulgação/Polícia Federal

Uma organização criminosa que atua no tráfico internacional de armas foi alvo de uma operação da Polícia Federal em conjunto com agentes americanos, nesta terça-feira (15). Milhares de armas, peças, acessórios e munições foram apreendidos, tanto no Brasil, quanto nos EUA.

Ronnie Lessa, policial militar acusado da morte da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, é um dos investigados no caso. O homem está preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e já foi alvo de mandados de prisão preventiva.

Três pessoas foram presas no Brasil, sendo duas na Capital Fluminense e uma no Mato Grosso do Sul, e outros três suspeitos foram comunicados dos mandados judiciais expedidos pela justiça brasileira e vão aguardar o processo de extradição em Miami, nos EUA.

A operação batizada como "Florida Heat" investiga há dois anos o grupo que comprava armas de fogo, munições, peças e acessórios nos EUA para o envio ilegal ao Brasil. Esses equipamentos eram escondidos dentro de máquinas de solda e impressoras.

O recebimento dos acessórios acontecia em contêineres, por via marítima, e encomendas postais, via aérea, nos estados do Amazonas, São Paulo e Santa Catarina. O destino final dos equipamentos era uma casa em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde tudo era montado e enviado pra favelas da Capital Fluminense.

Ao todo, sete mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Capital Fluminense, no Mato Grosso do Sul e em Miami, com apoio das autoridades da Agência de Investigações de Segurança Interna da Embaixada dos Estados Unidos.

Além disso, a Justiça decretou o sequestro de bens no valor de cerca de R$ 10 milhões. São imóveis residenciais, criptomoedas, ações, veículos e embarcações de luxo do grupo.

Os investigados vão responder pelos crimes de tráfico internacional de armas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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