O uso de máscaras em ambientes fechados deixa de ser obrigatório na Capital Fluminense segundo decreto publicado em edição extra do Diário Oficial, nesta segunda-feira (7). Com a decisão, o Rio de Janeiro se torna a primeira capital a abolir o uso de máscaras no país.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou também que o passaporte vacinal vai deixar de ser exigido quando a cidade completar 70% dos adultos vacinados com a dose de reforço.
O decreto cumpre a recomendação do Comitê Científico da Prefeitura do Rio. A decisão foi tomada durante uma reunião com o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, e especialistas da área da saúde, no Centro de Operações da Prefeitura, e foi levado em consideração o cenário epidemiológico da cidade no momento.
"A gente teve uma redução da positividade gradativa ao longo das últimas semanas. Hoje, de cada 100 pessoas que fazem teste de Covid-19 na cidade do Rio de Janeiro, menos de 5% delas são positivas. A gente tem os menores indíces de positividade da nossa história" declarou Soranz.
Mas, especialistas alertam a necessidade do avanço da vacinação, principalmente das doses de reforço e ressaltam que os cuidados individuais ainda podem ser tomados por aqueles que estão em grupos de risco.
"Lembro que, mesmo na hipótese de não ser mais obrigatório o uso de máscaras em ambientes fechados, os mais vulneráveis deveriam manter esta proteção. Não é igual a estarem todos de máscara, mas reduz o risco se um estiver e o outro não" recomenda Tânia Vergara, médica infectologista e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
No momento, cobertura vacinal da Capital Fluminense é de 54% das pessoas com mais de 18 anos já receberam a dose de reforço e 63% das crianças já estão com a primeira dose.