O número de contratos de locação com fiador no Rio de Janeiro caiu nos últimos anos. Segundo um levantamento da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), o modelo atingiu o menor patamar histórico dos contratos fluminenses, alcançando 49,8% dos aluguéis. Há dez anos, o percentual era de quase 80%.
Maria Clara Maiorano, estudante de História da Arte, veio de Paracambi, no Sul do Estado, para o Rio de Janeiro. De 2021 para cá, ela já ficou em três apartamentos, e conta que teve muita dificuldade para encontrar um lugar para morar.
“Como eu sou jovem, universitária, é muito difícil de aceitarem (alugar um imóvel). E quando era modalidade de seguro fiança, acabava que era um valor muito alto. Teve uma análise que a gente fez que deu R$ 8 mil, e o seguro fiança não volta, né? Então comecei a procurar lugares que aceitavam a caução, que era mais acessível”, conta.
A pesquisa da Abadi mostrou que a modalidade que mais cresceu nos últimos dois anos foi o seguro fiança. Em 2021, ele representava 10,9%. E em maio deste ano chegou a 17,3%.
O empresário Giuseppe Plastina Filho, que tem mais de dez imóveis alugados na cidade do Rio, considera que, hoje, a melhor garantia é a do seguro, que vem aumentando.
“O resultado em casos de inadimplência e de solução é quase imediato”, explica.
“Os locadores que têm o interesse de ter o seguro fiança como garantia do seu contrato estão se conscientizando de dividir esse custo com o inquilino. Então, o seguro fiança tem sido a garantia melhor ofertada”, explica Marcelo Borges, diretor da Abadi.
*Sob supervisão de Christiano Pinho.