Teste rápido para o diagnóstico da zika é produzido em parceria com a FioCruz

O estudo foi liderado por cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá

Felipe de Moura (sob supervisão de Natashi Franco)

A eficácia do novo teste foi de 98,5% em 268 amostras de pacientes analisadas
Livia Guo/LSK Technologies

Um novo teste rápido para o diagnóstico do vírus da zika foi produzido por cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, em parceria com pesquisadores da FioCruz de Pernambuco. Um artigo publicado nesta terça-feira (8), revelou o uso de biossensores sintéticos em testes rápidos e de baixo custo.

Esse é um dos primeiros ensaios de campo a aplicar biologia sintética no diagnóstico viral em amostras de pacientes, sem depender do cultivo em células. Como a plataforma é programável, a tecnologia usada nesse teste vai poder ser usada no reconhecimento de outros vírus, como o da Covid-19.

“Trata-se de uma tecnologia revolucionária, que por meio dessa iniciativa pudemos incorporar ao conhecimento científico disponível no Brasil”, disse o pesquisador da FioCruz Pernambuco e coordenador da etapa brasileira da pesquisa, Lindomar Pena.

A eficácia do novo teste foi de 98,5% em 268 amostras de pacientes analisadas. Tal porcentagem foi equivalente ao PCR em tempo real, que é considerado o melhor padrão para a detecção do vírus da zika e também de outros patógenos.

“Mostrar que a plataforma pode ser transportada e detectar de forma precisa o vírus zika em amostras de pacientes é um significativo passo à frente para a criação de testes mais acessíveis e descentralizados”, comentou o líder do projeto e professor da Universidade de Toronto, Keith Pardee.

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