Um forte nevoeiro na cidade do Rio, na manhã desta quinta-feira (3), fechou o terminal do Aeroporto Santos Dumont para pousos e decolagens por cerca de três horas. Passageiros aguardaram por mais de quatro horas para poder embarcar ainda hoje.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, tinha uma viagem marcada para Brasília. Ele conseguiu embarcar no avião, mas afirmou na internet que precisou aguardar pela liberação da decolagem por mais de uma hora, junto a outros passageiros.
Paes viajou para Brasília para uma reunião com Márcio França, ministro de Portos e Aeroportos. O motivo do encontro era justamente tratar da polêmica envolvendo os aeroportos do Rio.
Voos para diversas cidades brasileiras foram cancelados, principalmente para Brasília, Salvador e São Paulo. Foi o caso de Eilem Dantas, que estava com um voo direto marcado para Salvador. Ela teve a viagem modificada por inúmeras escalas.
“Do Rio de Janeiro para Curitiba, Curitiba para Congonhas, Congonhas para Salvador. Chego lá de noite, né? (...) As empresas deviam se organizar melhor”, lamenta.
30 voos foram cancelados e outros 38 tiveram atrasos no Santos Dumont. Somente às 10 horas da manhã o aeroporto foi reaberto no visual.
Enquanto o Santos Dumont administrava os voos por conta do nevoeiro, o Aeroporto Internacional do Galeão, na Zona Norte do Rio, foi pouco prejudicado.
O Galeão teve dois voos cancelados, cinco atrasados e outros sete transferidos para aeroportos de São Paulo, além de ter recebido dois voos vindos do Santos Dumont.
Mas a baixa movimentação de passageiros no Aeroporto Internacional pode estar com os dias contados. Ontem (2), o Tribunal de Contas da União decidiu, por unanimidade, que as concessionárias de aeroportos e rodovias podem desistir de devolver as concessões, desde que haja um consenso entre o governo e as empresas.
A decisão do TCU pode afetar diretamente o Galeão, já que a Changi, concessionária que administra o aeroporto, mostrou interesse em continuar à frente do terminal.
“De maneira unânime, todos os ministros votaram favoráveis à possibilidade de você permitir um acerto de contas em relação àquelas concessões que foram devolvidas. As empresas, agora, com a volta e a chegada do presidente Lula, querem voltar às concessões. Então é a desistência da renúncia que haviam feito”, explica o ministro Márcio França.
A medida acontece ao mesmo tempo em que as empresas anunciaram que vão disponibilizar mais voos para o Aeroporto Internacional do Rio.
*Sob supervisão de Christiano Pinho.