Navios abandonados começam a ser retirados da Baía de Guanabara

A ação, iniciada seis meses após um navio atingir a ponte Rio-Niterói, pode levar um ano e meio.

Nicolle Timm e *Ana Clara Prevedello

Os navios abandonados na Baía de Guanabara começaram a ser retirados nesta quarta-feira (17) pela empresa pública PortosRio, pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e pela Secretaria de Energia e Economia do Mar. A primeira embarcação, das 51 que serão removidas, estava há mais de dez anos na água, na altura do Porto de Niterói.

O trabalho é uma força-tarefa entre as autoridades federais, estaduais e municipais, em busca de evitar riscos para o meio ambiente e para a navegação. A emergência da situação surgiu em novembro do ano passado, quando um dos navios atingiu a ponte Rio-Niterói.

Muitas embarcações são alvo de disputa judicial, brigas de família ou até mesmo abandono por dívidas dos donos. Hugo Leal, secretário de Estado de Energia e Economia do Mar, explica que a iniciativa começou pelos barcos menores e vai seguir para as embarcações de maior porte.

"Agora o momento não é mais de planejar, mas o momento é de agir. Por isso nós estamos fazendo esse piloto aqui e vamos a outras embarcações. Vamos a essas menores, que são de madeira, e depois vamos atingir as embarcações mais complicadas, mais complexas”, disse.

Depois da remoção, os materiais devem ser catalogados e destinados à reciclagem, por meio de leilão, ou descartados conforme as normas dos órgãos ambientais. O processo, que será feito com todos os navios, ainda não tem uma data confirmada para a retirada total das embarcações.

Segundo Álvaro Savio, presidente da PortosRio, a ação pode demorar até um ano e meio.

"Posso te dizer uma coisa: de 2024 a gente não passa. Eu só não queria dizer quanto tempo porque cada uma tem sua peculiaridade, cada uma tem a sua dificuldade”, afirma.

*Sob supervisão de Christiano Pinho