Município do Rio zera mortes por Covid-19 neste último final de semana

Nas últimas 72 horas, ninguém foi internado com coronavirus em hospitais da Rede Municipal

Thales Teixeira (Sob supervisão)

Rio registra os melhores números desde o início da pandemia Foto: Divulgação/Agência Saúde
Rio registra os melhores números desde o início da pandemia
Foto: Divulgação/Agência Saúde

Pela primeira vez, desde o início da pandemia, o município do Rio não registrou nenhuma morte por Covid-19 em 24 horas. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o fato ocorreu entre o último sábado (20) e domingo (21). Além disso, apenas 3 mortes, por conta da doença, aconteceram na última semana. É o menor número, em 7 dias, já registrado, desde o início da pandemia.

“São 14 semanas com redução de número de casos de Covid-19, redução de internação e também redução de óbitos. É a semana com o menor número de óbitos desde o início da pandemia. No sábado (20), a gente teve zero óbito, o que é para a gente comemorar. E também o número de pacientes internados não excede a 0,5% do total de leitos da cidade. Atualmente a gente tem 30 pacientes internados com Covid-19”, explicou o secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz.

Outra boa notícia é que nas últimas 72 horas nenhum paciente foi internado com coronavírus em hospitais da Rede Municipal de Saúde

O avanço da vacinação é a grande chave para essa melhora tão esperada dos números da pandemia. Neste último final de semana, o Rio alcançou a marca de 77% da população total com o esquema vacinal completo.

“A gente viu que, após o início das campanhas de imunização, principalmente com as pessoas com esquema vacinal completo, os números de óbitos caíram drasticamente, e o número de internações também diminuiu. A gente sabe que a vacina pode não proteger as pessoas de se infectarem, mas, com certeza absoluta, ela protege contra casos graves e contra óbito. Então a gente tenta, mais uma vez, sensibilizar as pessoas para completarem o seu esquema vacinal e não esquecerem de tomar a dose de reforço, que já é recomendada pelo Ministério da Saúde”, informou o infectologista José Pozza.

Com esses números positivos é possível acontecer a festa de ano novo e o carnaval, mas ainda é preciso estar atento com a pandemia. Na Europa, alguns países vivem novas ondas da doença.

“Na Europa, existem muitos países em que não houve uma cobertura vacinal adequada. Em alguns países, a vacina ultrapassou a 6 meses na população idosa e eles não fizeram a dose de reforço. Então, a gente sabe que as vacinas protegem. Não existe nenhuma população no mundo, com alta cobertura vacinal, com aumento de número de casos, mas é muito importante a gente reforçar as doses de vacina quando completa 5 meses. O que a gente está vendo pelo mundo é o aumento de número de casos, em populações não vacinadas ou em populações em que se ultrapassou o tempo de proteção da vacina, que foi considerado de 6 meses, aqui no Brasil”, informou Soranz.