Mulher morre depois de dar à luz no Hospital Estadual da Mãe

A filha recém nascida também não resistiu

Beatriz Duncan

Este é o segundo caso com suspeita de negligência médica, no hospital este mês Divulgação
Este é o segundo caso com suspeita de negligência médica, no hospital este mês
Divulgação

Uma jovem de 21 anos morreu no último dia 19 depois de dar a luz à segunda filha, Isabella, no Hospital Estadual da Mãe, na Baixada Fluminense. Ela deu entrada na unidade pela primeira vez no dia 9 de dezembro relatando fortes dores. A equipe médica liberou a paciente e classificou o quadro dela como verde, ou seja, sem prioridade.

Depois de duas tentativas, conseguiu ser atendida. Diana apresentava perda de líquido além de desconforto. Após parto e a morte da filha por parada cardiorrespiratória, a jovem foi transferida para o Hospital Estadual da Mulher, na mesma região.

A família de Diana Santos Gonçalves acusa a unidade de negligência médica.

“A negligência hospitalar se encontra comprovada, visto que a paciente se direciona por três vezes ao hospital da mãe em busca de atendimento. Contudo, em duas, ela é liberada, e na última, chega na unidade hospitalar por volta das 08:00 da manhã, porém seu atendimento ocorre somente às 11:25, após sua mãe pedir por socorro para assistente social. Quanto a imperícia, um dos fundamentos está configurado na evolução de enfermagem, onde consta a informação de que a paciente não apresentava risco de agravamento porém, por volta de 13:00, temos o relato de óbito da Recém Nascida,  motivada por sofrimento fetal e asfixia perinatal grave”, explica o advogado da família Carlos Romualdo.

A Secretaria de Estado de Saúde disse que abriu uma sindicância para apurar o óbito. A direção da unidade lamentou o ocorrido e se solidarizou com a família.

Este é o segundo caso com suspeita de negligência médica, no Hospital Estadual da Mãe, só neste mês. Tais Silva Azevedo, de 25 anos, deu à luz ao primeiro filho no dia 14 e se encontra internada na unidade. Ambas foram admitidas na semana passada. 

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde disse que não houve esquecimento de gaze, e sim a colocação de um tampão vaginal. Em seguida foi realizada a retirada da placenta que só não foi feita antes por causa da necessidade de jejum.