Mulher é baleada e morta por policial após bater carro contra uma viatura no Rio

O caso aconteceu na madrugada deste domingo (11), na Avenida Brasil. A Divisão de Homicídios e a Corregedoria Geral da Polícia civil apuram o caso

Clara Kury, Helena Vieira

Elaine Esteves
Foto/Vídeo

Elaine Esteves, de 39 anos, foi morta por um policial civil, na Avenida Brasil, depois que o carro em que ela estava com o marido bateu em uma das viaturas que estava na via.

Segundo o advogado da família de Elaine, Bruno Vergílio, o casal saía de uma boate à noite, e se envolveu em outro acidente de trânsito pouco antes da batida na viatura. O motorista desse segundo veículo teria sinalizado para o casal parar, mas, com medo, eles preferiram fugir. Houve perseguição, o marido da vítima perdeu o controle do carro e bateu no veículo da polícia, que estava um pouco a frente. 

A gente entende que a polícia ela é refém da cidade do Rio de Janeiro, de como ela vive, mas também eles têm que ter preparo pra poder ter esse tipo de abordagem. Porque não foi efetuado nenhum disparo, nenhuma atitude que pudesse, após a colisão, a levar a polícia a entender que houvesse perigo posterior. A gente entende a circunstância deles saindo de uma comunidade vindo de uma perícia, mas não justifica o excesso da ação. Todos já foram ouvidos, os policias já foram ouvidos, as armas foram apreendidas pra perícia e a corregedoria está cuidando de um inquérito para investigação da ação dos polícia e temos um outro inquérito apurar a responsabilidade do senhor Fernando" 

Rosângela Paiva, mãe de Elaine, expressou a indignação diante das circunstâncias da perda da filha.

Eu só queria a minha filha de volta. Por que eles tiram a vida dos outros? Já é a segunda vez que eu to passando por isso. Segunda vez a mesma coisa, a mesma história. O único filho do meu irmão, ele foi numa festa e fizeram essa mesma covardia com ele. Tem que preparar os policiais, não pode chegar dando arma, pistola na mão de uns infelizes desse que não sabem nem puxar uma arma. Eles não fizeram nem uma abordagem eles saíram metralhando. Eu quero justiça, é a única coisa que eu peço. 

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) informa que todos os envolvidos na ocorrência foram conduzidos para a Delegacia de Homicídios, e a Corregedoria-Geral da Polícia Civil (CGPOL) foi acionada para conduzir as investigações.

Tópicos relacionados

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.