MPF investiga ação da Polícia Rodoviária Federal que baleou criança de três ano

Caso pode ser enquadrado como lesão corporal ou tentativa de homicídio, segundo órgão.

Yasmin Bachour e Gustavo Osório

O Ministério Público Ferderal abriu uma investigação para apurar a ação PRF que baleou Heloísa Silva, de três anos. A menina estava no carro com a família voltando do feriado quando foi atingida por um tiro disparado pela Polícia Rodoviária Federal, no Arco Metropolitano, na altura de Seropédica.

O orgão também investiga o que levou um agente da PRF a paisana, a entrar no CTI do hospital onde a menina está internada, sem autorização da segurança.

A vítima foi atingida nas costas e o tiro chegou até a cabeça. Ela foi socorrida pelos próprios agentes da Polícia Rodoviaria Federal. William Silva, pai da menina, que estava no carro junto com a esposa, cunhada e a filha dela de oito anos, ficou em estado de choque e não conseguiu socorrer a criança.

“Eu fiquei em choque. Eu, na verdade, entrei no carro e o polícial entrou no meu lado. Eu tive que trocar com ele porque eu não estava conseguindo dirigir”, contou.

William ainda relatou como a ação dos agentes aconteceu.

“Quando eles chegaram muito perto do meu carro, eles acenderam o giroflex, que estava apagado. Eles acenderam, foi a hora que eu dei seta, eu ando a setenta quilometros, não passo disso, foi na hora que eu dei seta e parei o carro. Na verdade, eu estava com o carro quase o parado foi a hora que eu ouvi os disparos, não deu tempo de falar nada nem deles verem quem estava dentro do carro”.

Segundo a Polícia Rodoviaria Federal, o carro em que estava a família de Helena da Silva consta como roubado e, por isso, a viatura que patrulhava o local estava com a atenção redobrada. 

O pai e o antigo proprietário do veículo já prestaram depoimento na delegacia e disseram que não sabiam da procedência do automóvel.