Promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriram hoje (29) mandados de busca e apreensão no Batalhão de Choque da Polícia Militar, onde estavam lotados os quatro agentes suspeitos pela morte do adolescente Thiago Flausino, de 13 anos.
A vítima foi morta na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, na madrugada do dia 7 de agosto. Segundo as investigações do MPRJ e da Corregedoria da Polícia Militar, um capitão e três cabos teriam adulterado a cena do crime, através de uma arma colocada junto ao corpo do jovem. A PM pediu a prisão dos quatro militares.
Eles também respondem por omissão de socorro e abuso de autoridade, com a intenção de omitir e divulgar informações incompletas para atrapalhar a investigação. Celulares foram apreendidos e passarão pela perícia da Polícia Civil.
Os militares usaram um carro particular durante a operação e não estavam com câmeras nos uniformes. Eles prestaram depoimento à Delegacia de Homicídios, que investiga de onde partiram os disparos que mataram o adolescente.
Depois da morte de Thiago, os policiais foram transferidos para outras unidades. O Gaeco acabou cumprindo mandados nos batalhões de Copacabana, Leblon, Méier e Mesquita. Eles também estiveram em endereços residenciais em Olaria e Taquara.
*Sob supervisão de Christiano Pinho.