Com a repercussão do caso Moise, a Frente Nacional Antirracista (FNA) protocolou uma ação, neste sábado (5) no Ministério Público do Trabalho, com o pedido de que a investigação sobre a morte do congolês se estenda para a situação geral de trabalho em todos os quiosques da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Mais de 60 entidades assinaram o documento.
“É um absurdo que no Brasil, um país construído e erguido por irmãos nascidos ou descendentes da Mãe África, tenha acontecido uma brutalidade dessas com um irmão. Não podemos nos calar. Queremos justiça por Moïse”, disse Tamires Sampaio, coordenadora da Frente Nacional Antirracista.
Desde o início da manhã, manifestantes em todo o país protestam a morte de Moise Kabagambe. Estiveram nas ruas as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Brasília e Natal.
Moise foi morto no último dia 24 de janeiro em um quiosque na Barra da Tijuca. Ele foi agredido por Fábio Pirineus, Brendon Alexander e Aleson Cristiano depois de uma discussão. Ele morreu por traumatismo no tórax e foi encontrado amarrado próximo à uma escada no local.
Os responsáveis pelo crime foram presos na última terça-feira (1).