Morte de médico na Barra pode estar ligada a quadrilha de roubo de carros

Polícia trabalha com diferentes linhas de investigação para assassinato de cirurgião

Thales Teixeira (sob supervisão)

Claudio Marsili foi morto na terça-feira
Reprodução/ Redes Sociais

A primeira linha de investigação para a morte do médico, Claudio Marsili, de 64 anos, apontava para Latrocínio, roubo seguido de morte. Mas a Delegacia de Homicídios da Capital também analisa a possibilidade da participação da maior quadrilha especializada em roubo e clonagem de carros de luxo da Zona Norte.

A versão foi levantada depois que agentes da Delegacia de Homicídios conseguiram localizar os veículos do médico e o usado pelos bandidos, na favela do Turano, na Tijuca, Zona Norte do Rio, no início da tarde de terça-feira (19) e prenderam um suspeito. Thiago Barbosa dos Santos estava com a chave do carro do cirurgião. Ele tem quatorze anotações criminais e é apontado como integrante da maior quadrilha especializada em roubo e clonagem de carros de luxo da Zona Norte.

As investigações mostram que após roubarem os carros, os criminosos adulteram e clonam os veículos. Além disso, já é de conhecimento da polícia que eles procuram modelos por encomenda e revendem para receptadores de outros estados do Sul e Nordeste do país.

O corpo do médico Claudio Marsili foi cremado hoje no Cemitério do Caju.

"Eu agradeci a Deus por ter me permitido conviver tanto tempo com meu pai. E de olhos abertos podendo enxergar esse coração de leão que ele tinha, nobre, leal, justo", homenageou o pai, através das redes sociais, o filho da vítima Italo Marsili.

A polícia trabalha com outras linhas de investigação para a morte do cirurgião plástico. Entre elas, ameaças sofridas por conta do trabalho e também se o sequestro da filha de Claudio, no mês passado, tem alguma relação com o crime.

A dinâmica do crime flagrado pelas câmeras de segurança

As imagens mostram que o médico estacionou o carro, uma Hilux cinza, em frente à clínica na Barra da Tijuca, na manhã desta terça-feira, quando foi abordado pelos criminosos. Logo em seguida, Claudio é baleado e cai morto no canal da Av. Fernando Mattos. Um bandido foge com o carro usado para o crime e o outro vai até o médico para pegar algum pertence - a polícia acredita que seja a chave do carro da vítima - e logo em seguida vai embora dirigindo o veículo.

O carro de Claudio foi abandonado cerca de trinta minutos após a execução na Tijuca, Zona Norte da cidade. O assassino, após deixar o carro do médico, entra no carro usado no crime, que o esperava. A dupla então segue para o morro do Turano, no mesmo bairro.

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