Mês de conscientização do câncer de próstata tenta reverter preconceito em torno do diagnóstico

Segundo especialista, o preconceito e o machismo afasta muitos homens dos consultórios

Rafaella Balieiro (sob supervisão)

O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais afeta homens no Brasil
Reprodução

O câncer de próstata é responsável por três a cada dez casos de todos os cânceres entre homens no Brasil. São cerca de 37 vítimas da doença diariamente no país, segundo dados do Inca. De acordo com especialistas, o preconceito e o machismo contribuem para o atraso no diagnóstico do tumor. A Campanha "Novembro Azul" tenta reverter esse cenário no Brasil.

O cuidado deve ser redobrado para homens que já possuem histórico familiar da doença ou sofrem com a obesidade -  esses são alguns dos fatores de risco. O diagnóstico precoce é apontado como a principal forma de garantir um tratamento de sucesso, mas para isso, é necessário que os homens procurem um médico urologista a partir dos 45 anos de idade, mesmo sem sintomas.

"É fundamental o exame preventivo periódico. Pesquisas revelam que as chances de cura chegam a 90% quando a doença é diagnosticada no início", alerta o médico especialista José Alexandre Araújo.

Apesar dessa ser a principal recomendação dos especialistas, ainda é possível encontrar médicos relatando o tabu de pacientes na hora de serem procurados para os exames preventivos. O fator cultural é apontado como um vilão no combate ao câncer de próstata, já que o exame de toque retal é o responsável por identificar alterações primárias nas glândulas.

"Os homens já não costumam mesmo ir ao médico, em qualquer situação. É uma questão cultural, difícil de mudar. No caso do câncer de próstata, a situação piora, já que entram na equação o preconceito e o machismo", finaliza o urologista José Alexandre Araújo.

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