Protestos em homenagem a Hiago Macedo de Oliveira Bastos, de 22 anos, aconteceram em frente à estação Arariboia das barcas, no centro de Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (15). Os manifestantes tentaram interditar a Avenida Visconde do Rio Branco e objetos foram incendiados. Nas placas, familiares pedem por justiça e criticam as ações do agente.
Hiago era vendedor de balas e morreu depois de ser baleado por um policial militar à paisana. Segundo a família, Hiago, que estava vendendo balas com seu enteado de 15 anos, quando um pedestre recusou a compra. Um policial militar se envolveu na discussão e acusou o vendedor de estar tentando praticar um assalto e disparou contra ele. O caso aconteceu no início da tarde de segunda-feira (14).
“Ele simplesmente saiu para trabalhar para comprar as coisinhas da filha dele e não voltou mais porque um homem veio com uma arma e matou ele, foi isso que aconteceu”, explica Thais Conceição, esposa do vendedor. Emocionada, ela conta que o marido estava juntando dinheiro para fazer a festa de aniversário de dois anos da filha.
A Polícia Militar nega a versão da família e declara que o agente tentou intervir em uma tentativa de assalto no local.
O secretário municipal de Direitos Humanos de Niterói, Raphael Costa, afirma que nenhuma arma foi encontrada com Hiago. Segundo a Polícia Civil, as câmeras de segurança ao redor da estação serão utilizadas para a apuração do caso.
Hiago foi enterrado esta terça, em Niterói. Segundo manifestantes, houve um excesso na conduta dos guardas municipais do local durante o protesto, que chegaram a lançar gás de pimenta em uma criança. A Prefeitura de Niterói está apurando o caso e os agentes foram afastados das ruas até o fim da investigação.