Com a aproximação do Réveillon, a movimentação nas rodoviárias aumenta com gente pra todo lado e ônibus chegando e saindo durante todo o dia. Na Rodoviária Novo Rio não está sendo diferente, a expectativa é que 560 mil pessoas passem pelo terminal, seja para ficar ou passar a virada na Capital Fluminense, até o dia 3 de janeiro.
O dia mais cheio, será o dia 2 de janeiro, quando muita gente que chegou ao Rio seguirá de volta, serão cerca de 31.800 embarques, além da população carioca que vai estar voltando, serão 35.500 desembarques. Ao todo, de 22/12 a 3/01, as 41 viações que operam as linhas intermunicipais e interestaduais programaram 16.310 ônibus, destes 8.040 são extras.
Entre essa movimentação estão os atrasados, que por algum motivo decidiram comprar as passagens de última hora. É o caso da Eduarda que resolveu passar o Réveillon em Saquarema na Região dos Lagos. Como ela não tinha se programado, teve dificuldade para encontrar passagem na véspera da virada, já que os ônibus estão com poucas vagas e com preços altos.
"Tô na correria ainda, tinha uma viagem marcada, mas cancelou, agora tô tentando arrumar uma viagem certa pra chegar ao destino. Como a viagem é de última hora, os preços estão bem altos, mas o negócio mesmo é achar um carro pra ir pra viagem", conta Eduarda Lima.
Apesar do otimismo de Eduarda em conseguir uma passagem para passar a virada do ano junto da família, ela corre o risco de não conseguir chegar ao destino.
"Com certeza (vou me programar para o ano que vem), porque esse ano a gente deixou pra última hora e não tá dando certo", finaliza Eduarda.
Diferente da Eduarda, a Maria Clara e o pai, José Carlos, compraram as passagens em outubro e vieram de Minas Geais para o Rio de Janeiro. Eles vão visitar familiares que não veem há cerca de dois anos em Niterói, na Região Metropolitana.
"A gente se programou bastante esse ano, compramos passagem desde outubro. É muita ansiedade e expectativa pra passar essa virada com a nossa família, que já não vemos a quase dois anos por causa da pandemia", contou a empreendedora Maria Clara.
E é a saudade depois de tanto tempo de isolamento, em função da pandemia da Covid-19, que motiva a maioria das pessoas a enfrentar o vai e vem das rodoviárias, mesmo com aumento dos casos de síndrome gripal.
"Eu sou de Petrópolis e vim para o Rio encontrar com uns amigos e matar a saudade. A gente aproveitou que a Covid tá diminuindo e mesmo com a presença da gripe, tá todo mundo vacinado e se cuidando o tempo todo", comenta a estudante de enfermagem Edimara Siqueira.