Morar na rua é uma realidade cruel para milhares de pessoas no município do Rio de Janeiro. Entre janeiro e novembro deste ano, mais de 8 mil chamados foram abertos para atendimentos a pessoas em situação de rua na capital Fluminense. Os bairros que mais tiveram registros foram Copacabana, Centro, Tijuca, Barra da tijuca e Botafogo.
Rosilaine Rodrigues mora na rua há mais de 40 anos. Entre calçadas e marquises, o mais difícil para ela é lidar com o desprezo e preconceito que recebe no dia a dia. Mas, há também quem ajuda, já que a mesma só consegue sobreviver com doações.
“Eu sempre estou precisando de roupa, cobertor. Às vezes as pessoas dão comida aqui para mim, os amigos”, comentou Rosilaine.
Com os impactos da pandemia, como a fome e o desemprego, a sensação de quem anda pelas ruas do Rio é que o número de moradores de rua aumentou.
“Novas modalidades de acolhimento, como ampliação de vagas em comunidades terapêuticas, estamos sempre viabilizando novas formas de atendimento para que a gente possa qualificar esse atendimento e realmente atender essas pessoas que necessitam”, disse Valnei Alexandre, subsecretário de programas para a população em situação de rua.
Um censo municipal, voltado para as pessoas em situação de rua, aconteceu no mês passado na cidade do Rio para entender qual é a dimensão dos cidadãos sem-teto, mas o resultado ainda não foi divulgado. Em 2020, a pesquisa estimou que a quantidade de pessoas em situação de rua era de 7.272.
Mesmo sendo uma tarefa improvável e muito difícil, algumas pessoas conseguem sair da rua para um lar.
“Eu fui até um abrigo municipal e lá fui encaminhado até uma comunidade terapêutica, aonde ali eu acabei encontrando a solução para a minha vida e graças a deus saí da condição em que eu estava”, falou o escritor Leo Motta.
*Sob supervisão de Natashi Franco