Lutador de MMA espanca ex-mulher com bebê do casal no colo

Menino de 8 meses de idade presenciou toda cena de terror e ficou ferido com uma luxação no braço

Karol Neves*

A vítima tem ferimentos na boca e na bochecha. Reprodução
A vítima tem ferimentos na boca e na bochecha.
Reprodução

Uma mulher foi espancada pelo ex-companheiro, que é lutador de MMA, enquanto estava com o filho do casal, de apenas 8 meses de idade, no colo. O crime aconteceu na tarde de quarta-feira (04), no Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A mãe teve cortes na boca e o bebê ficou ferido com uma luxação no braço.

De acordo com a vítima, o crime ocorreu no momento em que ela buscava o filho com o pai, na porta de casa, no bairro da Zona Sul. Maria da Guia Lopes contou que o ex-namorado sempre foi agressivo, inclusive na maternidade, após ela dar à luz ao bebê do casal.

“Foi desesperador. A sorte que vinha uma menina que tava descendo na hora, eu gritei por ela, e ela segurou o bebê, porque senão acho que ele tinha matado meu filho, a sensação que eu tinha era essa”, disse Maria da Guia Lopes.

Maria foi ao Instituto Médico Legal (IML) e fez exame de corpo de delito. Hoje, ela voltou ao hospital com o bebê. A vítima tem ferimentos na boca e na bochecha, e fez uma tomografia. Já o menino, está com uma luxação no braço. Ambos vão seguir com acompanhamento profissional.

“Eu morro de medo dele. Eu sempre tive medo dele. Eu tô com muito medo dele vir, ele pode a qualquer momento entrar no prédio e fazer tudo de novo. Eu só quero que ele seja preso e que fique bem longe deles dois”, afirmou a filha mais velha da vítima, Beatriz.

Ainda não há informações sobre a localização do lutador de MMA Wallace de Carvalho Lopes, conhecido como Angolano.  

“Eu sei que ele não vai chegar para bater de novo, ele vai chegar para matar ela, eu tenho certeza”, contou Beatriz.

Desde que Maria fez a denúncia na delegacia de Botafogo, o lutador excluiu as redes sociais. De acordo com a Pollícia Civil, já foram solicitadas à Justiça medidas protetivas de urgência para resguardar a vítima. A 9ª DP (Catete) investiga o caso.

*Sob supervisão de Natashi Franco