O incêndio que causou a morte do fisiculturista Hugo Sérgio Pereira do Nascimento, no último dia 29, no Anil, foi causado por um ‘acidente termoelétrico’, ou seja, um curto-circuito. A informação foi confirmada pelo laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli.
De acordo com o documento, as chamas teriam começado em uma tomada cheia de extensões, na sala do apartamento, ao lado de equipamentos eletrônicos da família. Não foram encontrados vestígios de substâncias para acelerar o fogo, nem de ações criminosas ou violentas.
A filha de Hugo, de 6 anos, segue em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. A menina está sendo acompanhada pela mãe, Larissa Mello, que também estava no apartamento durante o incêndio e teve apenas ferimentos leves.
O cachorro da família foi salvo por um dos moradores do condomínio, Leonardo Costa da Silva, que prestou depoimento à Polícia Civil na última quinta-feira (3). Outras pessoas, como a síndica do prédio e dois porteiros, também foram ouvidas.
Leonardo afirmou à Polícia Civil que acordou por volta das 4h da manhã, ouvindo móveis quebrando e gritos da filha do casal. Ao chegar no décimo andar, onde acontecia o incêndio, ele contou que entrou no apartamento junto com Marllon Pereira do Nascimento, motoboy que conseguiu resgatar a menina de 6 anos das chamas.
A mãe teria descido às pressas logo após pedir socorro. Segundo Carlos Augusto Gonçalves Bonfim, um dos porteiros que trabalhavam no momento em que a tragédia ocorreu, Larissa saiu batendo nas portas dos vizinhos, gritando que a filha, o marido e o cachorro ainda estavam no apartamento.
O motoboy Marllon Pereira do Nascimento disse à policia que, ao entrar no local em chamas, sentiu a criança tocando no corpo dele. Ele pegou a menina no colo e saiu do apartamento correndo, desceu do prédio e entregou a garota ao Corpo dos Bombeiros. Outros depoimentos confirmaram que Marllon saiu do apartamento com a menina, e Leonardo com o cachorro.
Marllon também disse que não sabia que Hugo ainda estava no apartamento. O fisiculturista foi encontrado morto após o controle do fogo, no quarto do casal.
De acordo com a síndica do condomínio, Gisele Monteiro Mattos, todo o sistema de incêndio do condomínio funcionou de forma eficiente.
Outros vizinhos do prédio ainda serão ouvidos pela Polícia Civil. Larissa ainda não prestou depoimento.
*Sob supervisão de Christiano Pinho.