Lagoas da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá podem ganhar novo sistema de barcas

Prefeitura do Rio lançou hoje (23) uma consulta pública para o projeto de transporte aquaviário na Zona Oeste

Ana Clara Prevedello*

Lagoas da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá podem ganhar novo sistema de barcas
O projeto prevê a operação de 91 barcas, atendendo 29 pontos de embarque e desembarque.
CCPar

A Prefeitura do Rio lançou, nesta quinta-feira (23), uma consulta pública para o projeto de um novo sistema de barcas nas Lagoas da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, na Zona Oeste. A população pode acessar os documentos do edital até amanhã (24) e contribuir com críticas e sugestões, segundo a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar).  

A ideia do projeto é implementar 16 linhas. Entre elas estão as ligações da estação de metrô do Jardim Oceânico com o bairro de Rio das Pedras e da Linha Amarela com o canal de Marapendi. Além disso, seriam integrados no transporte aquaviário bairros como Gardênia Azul, Muzema, Barra Shopping, Parque Olímpico, Península e condomínios residenciais e comerciais.  

Até o momento, dois modelos de embarcações foram sugeridos: uma maior, para 120 passageiros, e outra menor, com capacidade para 42 pessoas. A previsão é iniciar a operação com 47 veículos e atingir 91 barcas, atendendo 29 pontos de embarque e desembarque. A estimativa é transportar, por dia, cerca de 90 mil pessoas.

O projeto prevê a tarifa de R$ 4,30 por viagem e o investimento previsto é de R$ 150 milhões, ao longo do prazo de 25 anos estabelecido na concessão. De acordo com o diretor de estruturação de projetos da CCPar, Lucas Costa, a ideia é discutida há mais de dez anos, e foi repensada em 2023.

“Retomamos agora a partir da obrigação contratual da Iguá Saneamentos S.A., a empresa responsável pelo saneamento daquela região, em que é obrigatório investir R$ 250 milhões em despoluição, dragagem e desassoreamento do complexo lagunar. Isso ajuda a viabilizar o projeto do aquaviário e, por isso, nessa gestão a gente retomou o projeto, através de um procedimento de manifestação de interesse, uma forma de trazer empresas privadas a realizar os estudos”, ele explica.

Lucas também reforça que duas empresas já foram selecionadas para apresentar estudos sobre o novo sistema aquaviário.

“Dois grupos foram autorizados, um deles entregou os documentos, e agora a gente está na etapa de consulta pública, onde a população e demais interessados poderão fazer contribuições e sugestões para melhorar o projeto e, então, a gente avançar para a estação. A gente pretende abrir ainda no primeiro semestre essa licitação e seguir os próximos passos do projeto”, diz.

*Sob supervisão de Christiano Pinho