A Justiça do Rio mandou prender temporariamente Bruno Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva Braga. O Ministério Público do Rio de Janeiro ratificou hoje (1º) o pedido de prisão feito pela Polícia Civil contra os indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver do ator Jeff Machado. Os dois confessaram à polícia a participação no crime.
No depoimento que prestou na última sexta-feira (26), Jeander diz que, no dia da morte da vítima, 23 de janeiro, chegou na casa do ator à tarde, acompanhado de Bruno. Jefferson estaria com outro homem, um suposto miliciano, identificado como Marcelo.
Jeander afirma que foi tomar banho e, ao voltar para o quarto do ator, viu Jeff desacordado e amarrado, com um fio em volta do pescoço. Segundo ele, Marcelo teria enforcado Jeff e coagido Jeander e Bruno a esvaziar um baú da casa da vítima, para enterrá-la.
Ainda no depoimento, Jeander explica que ele e Bruno foram obrigados a levar de carro o corpo do ator até o imóvel em Campo Grande, onde ele foi enterrado. Marcelo teria descido em uma rua deserta, enquanto os dois seguiam até o endereço.
Para a polícia, Marcelo não existe. O miliciano é uma invenção dos dois criminosos para omitir a participação no assassinato.
Segundo a Polícia Civil, não há dúvidas de que o crime foi premeditado por Bruno, com o auxílio de Jeander. A principal motivação para a morte de Jeff seria um desentendimento entre ele e Bruno, que teria prometido à Jeff uma vaga em uma novela, além da vantagem financeira com os bens dele.
A versão de Bruno é semelhante à de Jeander Vinícius. Ele não compareceu à delegacia, mas entregou por escrito um depoimento, em que confessa ter participado da ocultação do corpo e mantém a história que envolve o miliciano.
Imagens mostram Bruno pedindo perdão aos familiares da vítima. O criminoso afirma que vai sofrer as consequências judiciais.
“Eu estou gravando esse vídeo, primeiro, com o intuito de trazer um pouco de paz para a maior dor da família do Jeff e para me livrar de todo esse peso na consciência e responder judicialmente pelo que cometi”, diz.
*Sob supervisão de Christiano Pinho.