Jerominho morre em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.

O ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho é conhecido por ser um dos fundadores da “Liga da Justiça”, uma das maiores facções criminosas do Rio.

Felipe de Moura*

Jerominho foi atingido na perna e no tórax Reprodução
Jerominho foi atingido na perna e no tórax
Reprodução

O miliciano e ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, conhecido como Jerominho, foi morto na tarde desta quinta-feira (4), na Estrada Guandu do Sapé, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.

Ele chegou a ser socorrido com vida e levado para um hospital particular na mesma região, mas não resistiu aos ferimentos. Jerônimo foi atingido por dois tiros de fuzil, sendo um na perna e outro no tórax. Os peritos da Delegacia de Campo Grande (35ª DP), foram deslocados para a ocorrência.

O cunhado dele, que também foi atingido por tiros, está internado no Hospital Municipal Rocha Faria. Ainda não há informações sobre o estado de saúde.

Jerominho é apontado como um dos fundadores da “Liga da Justiça”, uma das maiores milícias do Rio de Janeiro e que atua na Zona Oeste da capital. De acordo com a Polícia Civil, o grupo é acusado de homicídios, extorsões e comércio irregular de água e gás.

QUEM É JEROMINHO

Jerônimo foi um dos mais de 220 investigados que tiveram o indiciamento solicitado no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Rio que apurou a atuação das milícias no estado e foi um marco contra o crime organizado no estado.

Jerominho e o irmão, Natalino Guimarães, que também é apontado como um dos fundadores da “Liga da Justiça”, ficaram presos entre 2007 e 2018.

Em janeiro deste ano, Jerominho voltou a ser preso durante operação da Polícia Civil, acusado de ser responsável por extorsões sofridas por motoristas de van em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. A prisão, no entanto, foi revogada uma semana depois, porque a sentença foi expedida em relação ao mesmo processo em que ele já havia cumprido pena em presídio federal.

Jerônimo Guimarães também foi vereador por dois mandatos pelo PMDB, entre 2000 e 2008.

*Sob supervisão de Natashi Franco