Instituições federais de ensino têm até 14 dias para retorno 100% presencial

Universidades já estudam recorrer decisão na Justiça

Beatriz Duncan (sob supervisão)

As unidades federais de ensino já estudam recorrer na Justiça contra a decisão do MPF
Divulgação/Universidade Federal do Rio de Janeiro

Depois de um pedido do Ministério Público Federal (MPF), as instituições federais de ensino têm até 14 dias para voltar com as aulas presenciais no estado. A decisão tem como base o cenário epidemiológico do Rio de Janeiro. Até o momento, as aulas funcionavam de forma híbrida para escolas e universidades.

A medida é vista como uma boa notícia para os estudantes do Colégio Pedro II. Clarice Almeida, aluna do segundo ano do ensino médio, afirma estar entusiasmada com o retorno. Segundo ela, a concentração era difícil nas aulas online por conta do ambiente de estudo que ela tinha.

“Isso pra mim foi muito bom. Uma sensação de alívio. A gente não tem condições mentais de ter um ensino remoto. Muitas escolas já voltaram para o ensino presencial ou híbrido desde janeiro, fevereiro... Só a gente ficou para trás. A gente está tendo a pressão de passar dois anos (escolares) em um, com um ensino completamente fragmentado”, conta Clarisse. As instituições federais são as únicas que não voltaram ao funcionamento presencial até então.

Para os pais, a medida já era para ter sido aplicada. Segundo Carla Niemeyer, mãe de um estudante do Pedro II, o filho está praticamente há dois anos sem aula devido à falta de estrutura de ensino durante a pandemia.

“O colégio dá umas aulas pontuais, que são na verdade mais um bate-papo. Não existe qualquer tipo de avaliação adequada. São só encontros pontuais de uma hora durante a semana, que basicamente não tem conteúdo. A gente entende que com todos os procedimentos de segurança, faz todo sentido a gente voltar. A gente comemora o retorno às aulas”, relata a mãe.

A obrigatoriedade, no entanto, não foi bem vista pelas universidades federais. Segundo a UFRJ, a UNIRIO, a Universidade Federal Rural e o CEFET, as instituições não tem condições necessárias para atender 100% da capacidade dos estudantes em meio à pandemia. As unidades já estudam recorrer na Justiça contra essa decisão do MPF.

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.