Com um enredo que homenageou o Nordeste brasileiro, a Imperatriz Leopoldinense contou a história de Lampião, rei do Cangaço, no Carnaval de 2023. O desfile, na madrugada desta terça-feira (21), foi inspirado na literatura de cordel e explorou a vida e morte do personagem principal.
A primeira ala da Imperatriz uniu Lampião com a cultura popular nordestina, e a segunda representou a morte do cangaceiro. A escola de samba passou para fantasias azuis, que representavam a subida aos céus e a paz. Mas o rei do Cangaço foi expulso pelos santos, e essa história é contada no quarto carro.
Quem brilhou na última alegoria foi a filha de Maria Bonita e Lampião, Expedita Ferreira da Silva. Com 90 anos, ela participou do desfile e celebrou a herança cultural do enredo. Ela já havia participado do carnaval de São Paulo, no desfile da Mancha Verde que ocorreu domingo (19).
Sem erros técnicos, a Imperatriz conquistou 269,8 pontos na apuração na tarde desta quarta-feira (22), levando o troféu no Carnaval de 2023. A escola não ganhava há 22 anos e, em 2019, chegou a ser rebaixada. Na última década, a melhor colocação foi um 4º lugar em 2013. Neste ano, o Império Serrano foi rebaixado para a Série Ouro.
O ENREDO DA VITÓRIA EM 2001
Em 2001, a Imperatriz foi a primeira escola da Era Sambódromo e do novo século a se tornar tricampeã. Vinte e dois anos atrás, na apuração, ganhou nota dez de todos os jurados, em todos os quesitos.
Com um desfile impecável, que representou o último ano da vitória antes de 2023, o enredo sobre cachaça, cana-de-açúcar e um samba de forte apelo popular conquistou o público.
O intérprete da Imperatriz, Pitty de Menezes, falou sobre a alegria e a emoção da vitória.
“Quando a gente entrou na avenida, eu acho que a gente viu a grandeza que a Imperatriz estava entrando. Era de uma Imperatriz diferente, uma Imperatriz mais imponente, com força. E graças a Deus o resultado veio”, comemorou ele.
*Sob supervisão de Natashi Franco
