Uma idosa de 72 anos foi arrastada por um carro em movimento durante um assalto na Pavuna, Zona Norte do Rio de Janeiro, no último sábado (9). Segundo relatos da família, ela não conseguiu desprender o cinto de segurança.
Eci Coutinho Bella estava voltando de uma festa de aniversário com o filho, Alex Coutinho, a nora e dois netos, de 7 e 14 anos. Quando já estavam próximos de casa, foram abordados por dois assaltantes armados em uma moto.
Os criminosos tiraram Alex do carro e fugiram com o veículo. A esposa e os filhos conseguiram pular do carro, já em movimento. Eci, que estava no banco do meio, teve problemas para tirar o cinto de segurança e não conseguiu sair a tempo. A nora tentou puxar a idosa, mas foi impedida e agredida pelos assaltantes.
“Eu consegui sair com o carro andando, minha filha pulou, meu filho pulou. Só ficou minha sogra. Eu tentei tira ela, mas aí ele (o criminoso) parou o carro, bateu com a arma no meu braço, me xingou, falou que eu estava atrapalhando ele. Quando ele bateu com a arma em mim, eu bati no braço dele, a arma caiu no colo da minha sogra, caiu no chão, eu fui tentar pegar a rama, mas ele foi mais rápido do que eu. Tudo isso muito rápido”, disse Aline Coutinho, esposa do Alex.
Eci ficou pendurada do lado de fora do veículo enquanto os criminosos aceleraram o veículo. A idosa foi arremessada para a rua quando o cinto de segurança arrebentou.
“Minha mãe caiu pro lado de fora do carro e ele arrancou com o carro e saiu arrastando minha mãe. Eu entrei em desespero e saí correndo atrás do carro. Gritando igual um louco e vendo minha mãe sendo arrastada pelo carro e batendo no chão. Aquela cena não sai da minha cabeça nem da dos meus filhos”, comentou Alex Coutinho, filho da vítima.
A mulher foi levada para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha Circular, Zona Norte do Rio, onde segue internada em estado estável.
De acordo com a polícia, um dos criminosos já foi identificado e as investigações para esclarecer o caso continuam em andamento.
“Eu quero que a polícia faça o trabalho dela. Isso não pode ficar impune. O carro roubado é o de menos. A covardia foi muito grande. Eu quero justiça. Se ficar impune, amanhã vai ser com o seu filho, com a sua mãe”, falou Aline.