Greve de peritos do INSS revolta dezenas de segurados

Pessoas ficaram horas na fila sob chuva e se revoltaram com remarcações para fevereiro

Pedro Caruso (sob supervisão de Stephanie Mendonça)

Segurados aguardam atendimento na chuva  Foto: Marcos Sadok
Segurados aguardam atendimento na chuva
Foto: Marcos Sadok

Milhares de atendimentos no INSS foram afetados no Brasil, inclusive no Rio, nesta segunda-feira (31), após o anúncio da paralisação nacional por 24 horas dos médicos peritos da instituição. A categoria reivindica recomposição salarial e melhores condições de trabalho.

Na Praça da Bandeira, na Zona Norte, dezenas de pessoas formaram filas do lado de fora e aguardaram na chuva uma resposta de funcionários.

A informação de que os atendimentos seriam remarcados para 16 e 17 de fevereiro causou revolta e indignação. A maioria das pessoas que procurou o INSS para perícia tinha dificuldades de locomoção ou algum problema de saúde.

O que reivindicam os médicos peritos

O “Dia Nacional de Advertência” foi convocado pela Associação Nacional dos Médicos Peritos com o objetivo de valorizar a categoria.

Um ofício foi enviado ao Ministério do Trabalho e Previdência informando da mobilização. São dois anos de negociações com o Governo Federal sem sucesso, de acordo com o setor.

Entre as reivindicações estão:

- Recomposição salarial “relativa às perdas inflacionárias de 2019 a 2022, de 19,99%”;

- Limite de 12 atendimentos presencias por dia;

- Substituição das autoridades da Subsecretaria da Perícia Médica Federal;

- Realização imediata de um concurso público para a recomposição dos quadros da Carreira, “cuja defasagem chega a 3.000 servidores”;

- Readequação das Agências da Previdência Social “que foram reabertas de modo precipitado e sem as condições sanitárias adequadas”;

- Fim da “teleperícia” (Perícia Médica com Uso de Telemedicina ou Teleavaliação).