Flordelis foi flagrada com celular dentro de cela em prisão no Rio

Caso envolvendo ex-deputada aconteceu em maio deste ano, no presídio de Benfica, mas só foi divulgado nesta quinta (13)

Beatriz Duncan

Em novembro, serão julgados a ex-deputada, filhos dela e uma neta de Flordelis
Reprodução/TV Band Rio

Um celular foi encontrado e apreendido dentro da cela da ex-deputada federal, Flordelis, no presídio de Bangu, onde está detida desde 2021. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) afirmou que o flagrante aconteceu em maio deste ano, mas a informação só foi divulgada pela pasta, nesta quinta-feira (13).

Em nota divulgada pela defesa, Flordelis afirmou ter usado o celular, mas que foi apenas uma vez.

“Em maio deste ano foi introduzido tal aparelho na cela da pastora e lá ficou por 18 dias sem ser por esta usado apesar da insistência de outras presas que o usavam com a conivência de algumas guardas. No dia em que Flordelis o usou, por uma única vez, imediatamente ocorreu uma vistoria na cela e esta foi conduzida à presença da diretora da unidade da época, que à noite, sem a presença de advogados, tomou seu depoimento onde Flordelis assumiu que o usou por apenas esta vez”.


Advogados da ex-deputada alegam ainda que ela teria sido vítima de ameaças e chantagens dentro do presidio para que não fosse divulgada a informação sobre o uso do celular.

“A partir daí, esse procedimento passou a ser usado como objeto de chantagens e ameaças, onde a vida e a incolumidade física da pastora e das filhas foram pautadas. Em 04/06, durante um encontro em sala especial com Flordelis para preparação do Júri que ocorreria naquela semana, essas ameaças foram descobertas. Nossa orientação foi de que não deveria aceitar as chantagens, não fazer nenhum pagamento e sim denunciar as/os agentes públicos e as internas envolvidas nas ameaças e assédios. A pastora, com muito medo, se recusou a dar os nomes e permitir uma denúncia formal”, traz a nota.


JULGAMENTO

A ex-parlamentar está presa desde 2021, acusada de ser a mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo. Ele foi executado a tiros, na porta de casa, em junho do mesmo ano.

O julgamento de Flordelis está marcado para o dia 7 de novembro. A data foi adiantada já que, no dia 12 de dezembro, quando seria realizada a sessão, acontecem as partidas semifinais da Copa do Mundo da FIFA, no Qatar, considerando as chances do Brasil participar destes jogos.

Em novembro, também serão julgados os filhos Marzy Teixeira da Silva, André Luiz de Oliveira e Simone dos Santos Rodrigues, e a neta Rayane dos Santos Oliveira.  

JÚRI POPULAR

Em abril, quatro pessoas, investigadas por envolvimento no assassinato, já passaram por um júri popular. Foram eles: Adriano dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis, Ubiraci Francisco da Silva, filho afetivo da ex-deputada, o ex-policial militar Marcos Siqueira da Costa e Andrea Santos Maia, esposa do ex-PM. Os dois últimos acusados de associação criminosa armada.

Menos de um mês depois, a defesa de Flordelis chegou a pedir transferência do julgamento de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, para a capital fluminense. O pedido foi negado. Os advogados alegaram parcialidade da juíza responsável pelo caso.

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