Familiares buscam informações sobre desaparecidos em Petrópolis

Desastre já deixou mais de 370 pessoas desabrigadas

Beatriz Duncan

Caso precise de ajuda, entre em contato com a Defesa Civil (199) ou com os Bombeiros (193) Reprodução
Caso precise de ajuda, entre em contato com a Defesa Civil (199) ou com os Bombeiros (193)
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Familiares de desaparecidos em Petrópolis, na Região Serrana no Rio vivem momentos de desespero na busca pelas vítimas. A forte chuva que atingiu o município na última terça-feira (15), já deixa mais de 100 mortos. Cerca de 370 pessoas estão desabrigadas.

Sofia Sorgini Cortesi mora em São Paulo e está na busca da mãe, Maria Bernadete Sorgini e da irmã, Olga Sorgini Cortesi. As duas estavam juntas, em casa, na rua Jacinto Rabelo, na Vila Felipe quando começaram as fortes chuvas. O último contato que Sofia teve com as familiares foi às 18h33. 11 minutos depois, às 18h44, ela enviou uma mensagem para as duas, mas não foi mais respondida.

“Eu já liguei para todos os locais, alguns amigos meus, da minha mãe, da minha irmã, já fomos em pontos de apoio… mas até agora a gente não tem nada. Eu sei que também tem muitas outras pessoas desesperadas tentando conseguir alguma informação”, relata Sofia. Segundo ela, os Bombeiros chegaram por volta das 16h no local, mobilizando moradores para ajudar na busca por sobreviventes.

O primo da Bia Tesch estava dentro de um ônibus, com destino ao bairro do Amazonas, quando o veículo foi puxado para dentro de um rio, ao lado de uma UPA no Centro de Petrópolis. Desde ontem, familiares e amigos de Gabriel Vila Real da Rocha procuram pelo jovem de 17 anos. Eles acreditam que Gabriel possa estar no Hospital SMH Beneficência Portuguesa de Petrópolis.

“Até agora a única coisa que nós sabemos é que ele estava nesse ônibus, o 465 e  que esse ônibus foi arrastado para o rio. Muitas pessoas foram socorridas, mas assim, a gente não tem informação nenhuma e agora falaram que ele pode estar no SMH. A minha tinha, mãe dele, está indo para lá para tentar mais informações”, explica.

Segundo fontes da polícia, que atuam na região, o cenário em Petrópolis é de guerra, mas elas afirmam que todo o apoio está sendo prestado nessa operação.

“O cenário é realmente assim de guerra. A gente saiu hoje nas ruas e os carros estavam revirados, eu nunca vi nada parecido. Enquanto a Polícia Civil está fazendo essa parte de identificação, IML, tem equipes dos Bombeiros, da PM também. Pessoal está todo trabalhando empenhado nas buscas”, afirma.

Caso precise de ajuda, entre em contato com a Defesa Civil (199) ou com o Corpo de Bombeiros (193).

CONTATOS PARA INFORMAÇÕES SOBRE DESAPARECIDOS

Sofia Sorgini Cortesi: (24) 98869-9131 - Filha da Bernadete Sorgini e irmã da Olga Sorgini Cortesi

Bia Tesch: (24) 99269-6985 - Prima de Gabriel Vila Real da Rocha