A principal de linha de investigação da Polícia Civil é de que Alberto César Romano Junior, 33 anos, tenha sido morto e o cadáver ocultado na Favela do Rodo, Zona Oeste do Rio. O empresário desapareceu na semana passada depois de sair de um shopping, também na Zona Oeste. Os agentes confirmaram a morte, mas ainda procuram vestígios do corpo de Romano. As investigações apontam que haja envolvimento direto do empresário com a milícia.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Ellen Souto, Alberto era amigo próximo de Ecko, ex-chefe da milícia, morto em junho desse ano. O homicídio do empresário teria relação direta com as transações de terrenos dominados pelo grupo paramilitar.
“Para a Polícia Civil é certo que ele não foi vítima de um sequestro relâmpago. Ele foi voluntariamente para o bairro de Paciência. Ele tinha uma ligação de amizade e era admirado pelo Welligton Braga, o Ecko”, esclareceu a delegada do caso, Ellen Souto.
Alberto Romano já vinha se preocupando com o racha entre o irmão de Ecko, Luiz antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, e Danilo Dias Lima, o Tandera, desde a morte do ex-líder do grupo. Eram comuns encontros semanais do empresário com o miliciano que foi morto em junho.
“Essa relação estreita com a milícia tornava a vida de Romano um perigo constante. A própria namorada dele informou que há quatro anos ele rompeu o relacionamento com ela, tendo receio de que algo ruim acontecesse a ele. Ele não queria colocar a namorada em risco”, comentou a delegada.
De acordo com familiares do empresário, Alberto estava abrindo uma distribuidora de bebidas em Minas Gerais. Ele foi visto a última vez cortando o cabelo em uma barbearia de um shopping no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, na última sexta-feira.
A Polícia conseguiu rastrear pelo GPS que o carro de Romano passou por Santa Cruz, Cosmos e Paciência no dia do desaparecimento, o veículo foi encontrado próximos desses bairros, na Zona Oeste da cidade.
“Nós trabalhamos com a linha de homicídio e ocultação de cadáver na Zona Oeste do Rio. Isso é até uma característica da milícia, eles não deixam os restos mortais das vítimas. Ainda vamos ouvir outras testemunhas, a investigação procede. A cada oitiva temos novas revelações", finalizou Souto.