O estudante, de 14 anos, que esfaqueou três pessoas na manhã desta sexta (6) será apreendido de acordo com o Delegado da 37ª DP (Ilha do Governador). Ele vai responder por ato análogo à tentativa de duplo homicídio.
“As vítimas estão fora de perigo. O agressor estava com um comportamento exaltado, estava arredio, não estava querendo frequentar a escola. A gente está investigando, a fim de apurar esses fatos, ouvirem testemunhas”, disse Marcus Henrique, delegado do caso.
O caso aconteceu em uma escola pública da Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (6). Ao todo, quatro estudantes ficaram feridos depois do ataque.
Duas meninas foram esfaqueadas e um jovem que tentou socorrer as alunas foi ferido de raspão. Todas estavam em horário de aula na Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes. O quarto ferido é o próprio agressor. As vítimas foram atendidas na escola por agentes do SAMU e depois levadas para o Hospital Municipal Evandro Freire, também na Ilha do Governador, com ferimentos leves, onde estão internados em observação.
A PM e o Corpo de Bombeiros foram acionados para atender as ocorrências no local. Além da movimentação de ambulância e viaturas, muitos pais de alunos estavam no local, já que uma reunião havia sido organizada pela escola para a entrega dos boletins nesta manhã.
"A gente estava na reunião e a janela do auditório é perto do portão. A gente viu uma movimentação de alunos saindo e era 9h30, que não é horário de saída de ninguém. Todo mundo saiu correndo achando que era briga e vimos um aluno esfaqueado. Depois, encontrei meu filho, que me contou que o menino já estava tendo comportamentos alterados e ninguém deu atenção e hoje ele colocou uma máscara no rosto e esfaqueou a coleguinha sentada na frente", relatou Patrícia Lins, mãe de uma aluna e testemunha da confusão na escola.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro informa que o jovem agressor está acompanhado pela Patrulha Escolar e pelo Conselho Tutelar.
Eduardo Paes, prefeito do Rio, postou no perfil do Twitter que “A situação lá (na escola) está sob controle e com a secretaria de educação prestando auxílio a todos. Estive também no Hospital Evandro Freire e as crianças passam bem e devem ser liberadas ainda hoje. Conversei com todas as crianças e os responsáveis e a prefeitura acompanhará essas famílias prestando todo apoio necessário”.
A Polícia Civil ouviu a diretora, o professor do oitavo ano e a coordenadora da escola. A Polícia quer ouvir ainda hoje a psicóloga que atendia o jovem. A perícia na escola também já foi realizada pelos policiais.
*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco
