Guapimirim, Teresópolis, Mangaratiba e Angra dos Reis passam por estiagem severa e decretam estado de emergência.

                                                                                                    Em Teresópolis, comerciantes já relatam que estão sem estoque de água mineral após o aumento da procura na cidade. Segundo os moradores, o bairro da Granja Guarani vem sofrendo há duas semanas sem água.

                                                                                                     Já em Mangaratiba, segundo a Cedae, o Sistema Serra do Piloto, responsável pelo abastecimento de aproximadamente 10 mil habitantes, opera com 60% da capacidade.

Na Baixada Fluminense, em Guapimirim, a estiagem já foi confirmada como a maior da história da região. O Rio Soberbo, o afluente responsável por fornecer água para o abastecimento de toda a região central da cidade, se encontra quase seco.

A concessionária Fonte da Serra, que administra o abastecimento da cidade, está realizando um rodízio na distribuição de água através de caminhões pipa, que intercala o fornecimento de água entre bairros e regiões. Algumas localidades seriam abastecidas de meia noite até meio dia e o restante de meio dia até meia noite.

De acordo com moradores, o rodízio não funciona e a região não foi abastecida propriamente.

A aposentada Mariângela da Silva, de Guapimirim, comentou com a reportagem da Band sobre sua situação.  

São dois meses sem água, tá sendo muito difícil, porque as pessoas utilizam da água pra quase tudo, e aí sem a água da fontes da serra como é que fica o povo de Guapi? Não tem como, muita gente não tem quintal pra ter um poço, não tem condição de fazer, nem todo mundo pode comprar água mineral. Eles tavam dizendo que aqui no centro de Guapi e em alguns outros ligares seria abastecido de meia noite até meio dia e outros lugares seria de meio dia até meia noite, mas não ta sendo assim. 

As mudanças climáticas, os fenômenos que atingem a região sudeste e o aumento dos incêndios no país e Estado do Rio contribuem para o clima quente e seco, de acordo com especialistas.

Segundo dados disponibilizados pelo corpo de bombeiros, houve um aumento de 90% de incêndios florestais no Rio em relação ao ano passado. Em 2023, foram 8100 acionamentos, já em 2024 esse número duplicou, chegando a mais de 16 mil.