Em uma única madrugada, 67 lixeiras da Comlurb foram furtadas. Câmeras de segurança do Centro de Operações Rio registraram criminosos em uma Kombi, furtando os recipientes plásticos, conhecidos como “papeleiras”, no perímetro de oito quilômetros da Lagoa Rodrigo de Freitas.
O crime aconteceu na madrugada do dia 1 de abril, mas as imagens só foram divulgadas hoje (14). O veículo dirigido pelos criminosos estava sem placa dianteira. No Largo do Machado, outras sete papeleiras foram destruídas durante a madrugada desta quinta-feira (13). Mais dois cestos, na Rua Francisco Eugênio, em São Cristóvão, e na Rua Barão de São Francisco, em Vila Isabel, foram vandalizados.
Outro furto também foi identificado na Rua Constante Ramos, em Copacabana. Todas as lixeiras já foram repostas. O presidente da Comlurb, Flávio Lopes, fala sobre a gravidade dos crimes.
“É um grande absurdo o que vem acontecendo na nossa cidade em relação ao furto e ao vandalismo de papeleiras. É dinheiro público jogado literalmente no ralo. As pessoas questionam locais que estão sem papeleiras, mas não imaginam o esforço brutal que precisamos fazer todos os dias para repor os cestos, recurso que poderia ser usado para adquirir mais equipamentos para a atuação da Comlurb na limpeza urbana”, explica.
O Rio tem cerca de 45 mil papeleiras instaladas e, em média, 500 a 600 são furtadas e vandalizadas por mês, quase 6.000 por ano. Os casos de vandalismo são registrados em toda a cidade, do Leblon a Santa Cruz. Para os cofres públicos, o prejuízo chega a R$ 1 milhão por ano, com base nos valores da última compra das lixeiras, R$ 149,77 por unidade.
Em 2022, entre reposições, trocas e novas instalações, foram colocadas 5.584 peças. O equipamento deve durar até cinco anos, e são destinados a pequenos resíduos. Segundo a Comlurb, moradores em situação de rua e catadores informais, ao remexer os resíduos em busca de materiais, também são responsáveis pela destruição das papeleiras.
*Sob supervisão de Danillo Carneiro