Dois policiais são presos em operação contra venda ilegal de armas

Um terceiro agente envolvido com a organização criminosa também foi alvo da operação, mas ele já estava preso por outro crime.

Felipe de Moura*

A operação foi do MPRJ em conjunto com o GAECO
Reprodução

Dois policiais militares foram presos na manhã desta sexta-feira (18), em uma operação contra associação criminosa voltada para a apreensão ilegal e comércio ilegal de armas de fogo no município de Barra Mansa, interior do Estado do Rio de Janeiro.

Os três mandados de prisão foram expedidos pelo Juíz da Auditoria Militar do Estado do Rio de Janeiro e todos eles foram cumpridos. O ex- pm Janitom Celso Rosa Amorim, vulgo Celsinho, que era um dos alvos, já estava preso desde 2020 por assassinar a namorada com um tiro na boca, em Valença.

A operação, chamada de “Bote Sujo”, é do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), com colaboração do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ).

As investigações revelaram que os policiais militares Celsinho; Luciano Julio de Souza, vulgo Batata, lotados no 37º BPM (Resende); e Renan Braga da Silva, lotado no 28º BPM (Volta Redonda), no exercício de suas funções, se juntaram para realizar “botes” em criminosos e apreender ilegalmente armas, sem apresentá-las à autoridade policial, e, posteriormente, comercializar essas armas e munições com diversas pessoas, muitas delas sem porte de arma e com passagens policiais.

Além disso, ficou comprovado que o grupo chegava a realizar furtos de outras armas, utilizando também de ferramentas para quebrar cadeados, portões e cercas.

Segundo a denúncia, “a investigação também comprovou que o policial militar e o denunciado Julio de Souza, vulgo Batata, é um dos grandes responsáveis pela venda ilegal de armas e munições na Região Sul Fluminense, valendo-se do seu registro de CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) para cometer tal delito”.

*Sob supervisão de Myllena Amorim

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