Seis pessoas que morreram no naufrágio da traineira "Caiçara" na Baía de Guanabara já foram identificadas no Instituto Médico Legal. O Corpo de Bombeiros já havia localizado três corpos ontem (5) à noite, e retirou mais três hoje durante as buscas. Os bombeiros militares ainda procuram duas pessoas que seguem desaparecidas. Um cachorro que estava na embarcação também morreu.
Guarda-vidas e mergulhadores contam com apoio de lanchas, botes, jet-skis e um helicóptero. Os trabalhos começaram no fim da tarde de ontem, após um temporal atingir o Rio de Janeiro e virar a embarcação. O barco conhecido como "Caiçara" era de pesca e de pequeno porte, e afundou perto da Ilha de Paquetá com 14 pessoas a bordo.
Os ventos chegaram a 100 quilômetros por hora durante o temporal. Os tripulantes de outros barcos conseguiram fazer o resgate de seis pessoas, entre elas, um menino de 10 anos e um adolescente de 14. Todos foram levados com vida para atendimento médico.
As vítimas identificadas pela Polícia Civil são Juliana Gomes de Lana da Silva, 35 anos; Everson Costa de Assunção, 45 anos; Evandro José de Sena, 55 anos; Michele Bayerl de Moraes de Sena, 43 anos; Eduardo Borges da Silva Correa, 14 anos; e de Caio Gomes da Silva, de 3 anos.
"Meu filho aprendeu comigo a nunca deixar seus companheiros para trás e ele não deixou. Ele estava junto com outro colega fazendo os salvamentos possíveis. Ele se foi salvando vidas", disse João Penha, pai do Éverson.
"Ela contou que foi tudo muito rápido não conseguiu ver meu irmão. O Éverson é um cara do bem, um paizão, amava bicho, os bichos gostavam muito dele. Um filho maravilhoso, um pai, um avô e uma excelente pessoa. É uma dor não só para mim, mas para todas as outras pessoas. Eram todos da família, a gente sabe que tinha criança e o sentimento é de esperança misturada com dor”, falou Verenda Assunção, irmã do Éverson.
As seis pessoas que foram resgatadas com vida já foram atendidas e estão em casa. Agora, os familiares das vítimas buscam respostas para saber se a embarcação seguia todas as normas de segurança.
A Polícia Civil e a Marinha do Brasil investigam as causas do acidente e se havia irregularidades na embarcação.
*Sob supervisão de Christiano Pinho
