Deputado do Rio, Otoni de Paula, e cantor Sergio Reis são investigados pela Polícia Federal

Os dois são acusados de ameaçar a democracia do país. Também há indícios de ameaça a Ministros do STF

Rafaella Balieiro (sob supervisão de Natashi Franco)

Otoni de Paula é suspeito de praticar atos contra a democracia nacional  Reprodução/ Câmara dos Deputados
Otoni de Paula é suspeito de praticar atos contra a democracia nacional
Reprodução/ Câmara dos Deputados

A operação da Polícia Federal de hoje de manhã fez buscas e apreensões em endereços ligados ao cantor Sérgio Reis e ao deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), eles são suspeitos de atos violentos contra a democracia. Os agentes federais também estiveram presente na Câmara dos Deputados, em Brasília. Os pedidos de busca foram autorizados pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

A operação aconteceu no Rio de Janeiro, no Distrito Federal e em mais cinco estados do país. O gabinete de Otoni de Paula foi revistado na Câmara. Os aparelhos eletrônicos do político, como computadores e celulares foram apreendidos pela Polícia Federal, a informação foi dada pelo próprio deputado nas redes sociais.

Sergio Reis, que também já teve carreira no Congresso, está sendo investigado por incitar movimentos contra Ministros do Supremo Tribunal Federal via áudio, nas redes sociais. Ele já foi intimado para prestar depoimentos e esclarecer os fatos.

O conteúdo do áudio divulgado pelo cantor nas redes prometia "tirar os caras na marra" - fazendo referência às autoridades judiciárias da STF. Sergio Reis ainda ameaçou "quebrar tudo" e invadir Brasília.

Documentos do gabinete de Otoni foram levados pela Polícia Federal durante a operação. O político também incitou a violência e agrediu verbalmente o Ministro Alexandre de Moraes via redes sociais, no ano passado. O deputado fluminense foi obrigado a excluir as postagens e pediu desculpas pelo ocorrido.

A operação da Polícia Federal investiga a incitação da população contra a democracia e a favor de atos violentos. A operação foi um pedido da Procuradoria Geral da República.