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Covid-19: mais de 1 milhão de cariocas ainda não completou imunização

Crianças entre 6 meses e 4 anos com comorbidades vão ser vacinadas a partir desta quinta-feira (17)

Karol Neves*

A vacina é a melhor forma de se proteger contra a doença Agência Brasil
Agência Brasil

A Prefeitura do Rio de Janeiro vai iniciar uma busca ativa por pessoas que ainda não tomaram a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 e que estejam aptas a se vacinar. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, mais de 1 milhão e 600 mil cariocas não retornaram aos postos de saúde para completar a imunização contra o coronavírus. De acordo com a pasta, 92% das pessoas internadas nos hospitais não tomaram a dose de reforço, o que é fundamental para evitar o agravamento de casos de Covid-19.

Na quarta-feira (16), o município de Nilópolis, na Baixada Fluminense, vai começar a aplicar a quinta dose da vacina para idosos com 80 anos ou mais e pessoas com imunossupressão, que tenham tomado a quarta dose há pelo menos 10 meses. As prefeituras do Rio, de Niterói e Magé, na Região Metropolitana, já iniciaram a vacinação.

O Vacinômetro do Governo do Estado mostra que aqui no Rio apenas 19% da população acima dos 18 anos está com o esquema vacinal completo, tendo tomado quatro doses do imunizante. Os dados da capital fluminense são mais animadores, mesmo assim não chegam ao percetual recomendado, que é de mais de 85%. No município do Rio, a vacinação chega a 35,7% das pessoas aptas a tomar o imunizante acima de 18 anos.

VACINAÇÃO DE CRIANÇAS

A Secretaria Municipal de Saúde vai iniciar a vacinação de crianças entre seis meses e quatro anos com comorbidades nesta quarta-feira (16). O Ministério da Saúde iniciou na semana passada, a distribuição de um milhão de doses das vacinas pediátricas. Foram enviados para o estado do Rio de Janeiro, 76 mil doses da Pfizer para atender a esse público alvo.

O Ministério da Saúde recomenda a administração concomitante das vacinas contra o coronavírus simultaneamente às demais vacinas do calendário vacinal ou em qualquer intervalo na faixa etária de 6 meses de idade ou mais.

"A gente sabe hoje que dentre toda a população até 60 anos de idade, o grupo que tá correndo mais risco de adoecer gravemente é das crianças que têm de 0 a 4 anos", disse o pediatra especialista em infectologia, Flavio Czernocha.

*Sob supervisão de Natashi Franco