Coleta de material reciclável aumenta 14 vezes nas praias da Zona Sul do Rio

Retirada de resíduos evitou a emissão de 277 de CO2 na atmosfera

Ana Clara Galante*

Guimbas de cigarro coletadas na praia de Copacabana.  Reprodução/TV Band Rio
Guimbas de cigarro coletadas na praia de Copacabana.
Reprodução/TV Band Rio

A coleta de material reciclável cresceu 14 vezes nas praias da Zona Sul do Rio de Janeiro. É o que revela os dados Recicla Orla, que compararam o primeiro trimestre deste ano com o mesmo período de 2020. Este ano, foram coletadas 403 toneladas de lixo, enquanto em 2020 foram 28,6 toneladas.

O material coletado é processado e depois devolvido para a indústria. Segundo o programa, a retirada de resíduos nessas áreas já evitou a emissão de 277 toneladas de CO2 na atmosfera.

Vinícius Peruzzi, professor do instituto de Biologia da UFRJ, afirma que o aumento desse número é uma notícia positiva: “Não significa que as praias estão mais sujas. Isso está associado ao cuidado, temos uma preocupação maior de retirar esse material”.

Criado em junho de 2019 pela concessionária Orla Rio, em parceria com a startup Polen, o Recicla Orla busca dar um destino correto ao lixo produzido pelos banhistas. Ele atua na orla da Zona Sul do Rio de Janeiro, desde a praia do Leme até o Mirante do Leblon. Até o momento, o projeto já coletou mais de 1000 toneladas de material reciclável.

O programa também busca conscientizar os banhistas a partir de mutirões de limpeza e realiza treinamentos com os quiosqueiros. É o caso do dos funcionários do quiosque Tatuí, localizado na praia de Copacabana, inaugurado em fevereiro deste ano.

Segundo o sócio do quiosque, Gabriel Castro, 93% dos resíduos gerados pelo estabelecimento são descartados corretamente.

“A gente também consegue mudar pequenos ecossistemas. Cada pessoa que vai para casa já volta sabendo separar seu lixo”, contou.

*Estagiária sob supervisão de Stephanie Mendonça.