Bruno Rodrigues de Souza, acusado de ser o mentor da morte do ator Jeff Machado, está foragido. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros realizou uma operação nesta sexta-feira (2) para prender o produtor, mas ele não foi localizado.
Jeander Vinícius da Silva Braga, que segundo a investigação teria auxiliado Bruno no crime, foi preso em Santíssimo, na Zona Oeste.
Jeander confessou à polícia que recebeu R$ 500 de Bruno para manter uma narrativa falsa do assassinato de Jefferson. A versão envolvia Marcelo, suposto miliciano citado pelos criminosos como o autor do crime. Ele teria obrigado a dupla a ocultar o corpo da vítima.
“É importante ressaltar que aquilo que a investigação já tinha provado tecnicamente, de que Marcelo não existe, nunca existiu, o Jeander confirmou (...). Os três personagens presentes na cena do crime eram a vítima, o Bruno, e o Jeander”, explica Elen Souto, delegada responsável pelo caso.
Jeander afirma que Bruno estrangulou Jefferson com um fio de telefone. A delegada também reforça que a gravação de relações sexuais entre os envolvidos, que Jeander narrou no depoimento que fez à polícia na última sexta-feira (26), não chegou a acontecer.
“Segundo Jeander, Bruno dopou o Jefferson, colocando uma substância entorpecente no suco, e os três se dirigiram ao quarto do Jefferson. Não chegou a sequer ter a filmagem do ato sexual. Tão logo o Jefferson adentrou no seu quarto, em razão de estar dopado, ele foi estrangulado por um fio de telefone pelo Bruno”, conta.
De acordo com a investigação, o crime aconteceu em 23 de janeiro, três dias antes do suposto início das gravações de uma novela, que Jefferson acreditava que ia participar. A falsa promessa foi feita por Bruno, que recebeu quase R$ 18 mil do ator em troca de um papel.
“Nós podemos afirmar que o crime se deu três dias antes do Jefferson começar a gravar em uma novela, pelo menos era o que ele acreditava. Ele acreditava que fosse começar uma gravação, uma participação, na novela das sete, no dia 26 de janeiro de 2023”, disse a delegada.
Os mandados de prisão temporária contra Bruno e Jeander foram expedidos na quinta-feira (1º), por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
As investigações continuam em andamento para que outros fatos sejam esclarecidos, segundo a delegada.
*Sob supervisão de Christiano Pinho.