A Justiça negou o pedido do ex-vereador Dr. Jairinho de ouvir novamente as médicas responsáveis por atender o menino Henry Borel na noite da morte da criança. A decisão veio da juíza Elizabeth Machado Louro, do II Tribunal do Júri.
A solicitação da defesa de Jairinho pedia também que os peritos que realizaram a reprodução simulada da morte de Henry e um radialista que examinou o menino fossem ouvidos novamente. Além disso, a defesa do ex-vereador solicitou que os exames feitos pelo radialista fossem incluídos nos autos do processo, que foi o único pedido atendido pela juíza.
A defesa de Jairinho afirmou que já esperava a decisão da magistrada e que a morte Henry Borel é cercada de dúvidas que precisam ser esclarecidas. Para isso, os advogados acreditam que é fundamental ouvir novamente os depoimentos solicitados.
O ex-vereador vai ser ouvido novamente no dia 13 de junho. Monique de Medeiros, mãe de Henry e acusada de omissão às agressões de Jairinho em Henry, também pode ser ouvida na data para acrescentar provas ao julgamento.
DESENTENDIMENTOS ENTRE A JUÍZA E DEFESA MARCAM JULGAMENTOS
A magistrada afirma que o pedido tem um caráter procrastinatório e que a defesa pretende reabrir o processo de apresentação de provas, que já foi encerrado. A juíza e o advogado de Jairinho, Cláudio Dalledone, já haviam se desentendido durante a última sessão do julgamento, no dia 1 de junho.
Na ocasião, Cláudio se irritou com um comentário da juíza durante o interrogatório do perito Tauil sobre o fato de que a cabeça de Henry só poderia bater três vezes no chão se fosse uma bola de vôlei. A advogado afirmou que a magistrada não podia fazer esse tipo de comentário e iniciou uma discussão com a juíza.
A magistrada chegou a ameaçar retirar Cláudio do plenário. Policiares militares e seguranças tiveram que afastar os advogados para manter a ordem no ambiente.
*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco