Caso Henry: Monique Medeiros coloca tornozeleira eletrônica

A mãe do menino Henry conseguiu liberdade, mas não vai poder sair de casa, nem ter contato com outras pessoas

Felipe de Moura e Pedro Cardoni (sob supervisão de Natashi Franco)

Como parte da decisão judicial, Monique vai precisar cumprir algumas medidas cautelares
Reprodução

Monique Medeiros, acusada da morte do filho Henry Borel, compareceu à Coordenação de Monitoramento Eletrônico para instalar a tornozeleira eletrônica na manhã desta quarta-feira (6). Ela foi solta na noite da última terça-feira (5) e agora vai cumprir pena em liberdade com monitoramento eletrônico.

Como parte da decisão judicial, Monique vai precisar cumprir algumas medidas cautelares. A ré não pode sair de casa, fazer postagens em redes sociais ou conversar com qualquer pessoa, com exceção de familiares e advogados. O descumprimento de qualquer uma das medidas pode resultar na volta para a cadeia.

A defesa de Monique alegou que a ré estava sofrendo ameaças dentro do Complexo Prisional de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. A juíza responsável pelo caso, Elisabeth Machado Louro, entendeu que a permanência de Monique na cadeia não favorecia a garantia da ordem pública.

O Ministério Público do Rio de Janeiro recorreu a decisão. O pai de Henry, Leniel Borel, também vai contestar a decisão da juíza.

“É inacreditável e revoltante essa decisão para mim e para todos os brasileiros. Monique é tão culpada quanto Jairo e merece pena igual ou maior do que ele. Respeitamos a decisão da juíza, mas vamos recorrer. Isso é uma afronta para nós cidadãos. É uma deficiência do estado soltar uma criminosa, uma assassina, uma ré acusada de crime doloso contra a vida. Como pode isso? Todos nós, brasileiros, vemos isso com indignação nesse momento. Eu estava morrendo de chorar aqui. Hoje, chora eu e chora todo o Brasil com essa decisão”, disse Leniel.

RELEMBRE O CASO

Henry Borel, de 4 anos, foi morto no quarto onde dormia no apartamento do padrasto na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, no dia 8 de de março de 2021. Segundo o laudo da necropcia, o menino foi atingido 23 vezes em diferentes partes do corpo. O Ministério Público e a Polícia Civil apontam Monique e o ex-vereador Jairinho, padastro de Henry, como os culpados.

A defesa de Jairinho já pediu a liberdade na Justiça, mas teve a solicitação negada. O ex-vereador também responde na justiça por violência contra filhos de ex-namoradas.

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