Caso Henry Borel: Audiência está marcada para a próxima quarta-feira

Um dos réus, o Dr. Jairinho, pode não comparecer fisicamente à sessão

Rafaella Balieiro (sob supervisão de Natashi Franco)

Jairinho e Monique Medeiros foram presos em 8 de abril
Reprodução

A audiência do caso Henry Borel marcada para a próxima quarta-feira (06), vai acontecer mesmo sem a presença de todas as testemunhas de acusação. Ao todo, doze pessoas foram chamadas para testemunhar na audiência, mas cinco não foram notificadas oficialmente. O Ministério Público ainda tenta localizar essas pessoas.

O promotor do caso, Fábio Vieira, pediu a quebra do sigilo fiscal e bancário de Jairinho e Monique Medeiros. O pedido veio através da manifestação de Leniel Borel, pai de Henry. A juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara criminal, reavaliou a suspensão da quebra de sigilo feita em agosto desse ano, pelo juiz Daniel Werneck.

“Indenização em prejuízo ao patrimônio de quem cometeu o delito não significa autopromoção ou determinação de um preço da minha parte. Isso é consequência de uma conduta que não cometi e mais uma forma de punir os autores do assassinato brutal do meu filhinho”, comentou Leniel Borel.

Entre as partes que não foram intimadas para a próxima audiência está uma testemunha chave do caso, a babá da criança, Thayná de Oliveira. Ela teria se mudado de endereço e não passou o novo lugar que mora para familiares.

Em abril, Thayná voltou atrás em relação ao primeiro depoimento e informou aos investigadores que Monique Medeiros, mãe de Hnery, havia pedido para ela mentira no relato que deu na delegacia.

“As testemunhas não foram encontradas de forma oficial, mas acredito que até pela repercussão da mídia, elas saibam sobre essa audiência. Então espero que compareçam, se não comparecerem, nós podemos marcar outra data para ouvir essas pessoas. Vamos tentar intimá-las em outros endereços”, esclareceu o promotor de Justiça, Fábio Vieira.

A defesa do acusado, o ex-vereador Dr. Jairinho, pediu o não comparecimento dele na audiência. A alegação afirma que a penitenciária em que Jairo está preso tem recursos tecnológicos suficientes para participar por videoconferência.

“O comparecimento de um réu em uma audiência não é obrigatório. Ele vai fazer essa audiência por videoconferência e isso se tornou comum em época de pandemia. Nós vamos colher as mesmas provas, estando ele presente fisicamente ou não”, complementou o promotor Vieira.

Com as outras acusações contra Jairinho, o caso ainda pode sofrer alteração na qualificação do crime. A tipificação de homicídio triplamente qualificado não mudaria, mas dependendo do dolo, vontade de Jairinho no momento em que agrediu e matou o menino Henry Borel, de 4 anos de idade.

“Outras notícias surgiram de que o Jairo era contumaz nesse tipo de procedimento, talvez uma qualificadora possa mudar no sentido de que a vontade dele ao matar o Henry não era porque o Henry atrapalhava essa prática, mas porque ele sentia prazer nisso”, finalizou Fábio Vieira. 

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