Caso criptomoedas: esquema de empresário já movimentou mais de R$38 bilhões

Gladison Acácio dos Santos e os outros dois sócios da GAS Consultoria continuam presos. A esposa dele está foragida

Rafaella Balieiro (sob supervisão de Natashi Franco)

O dinheiro em espécie foi apreendido na caso do empresário. Ele e os sócios seguem presos
Divulgação/Polícia Civil

Gladison Acácio dos Santos, preso no dia 25 desse mês, acusado de um esquema com pirâmides financeiras de criptomoedas, movimentou mais de R$38 bilhões em contas bancárias nos últimos seis anos. De acordo com o relatório enviado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), só no último ano, o empresário movimentou R$ 17 bilhões, quase metade do valor total. Os altos lucros prometidos pela empresa da Gladison, a GAS Consultoria, atraiu vários investidores na Região dos Lagos.

A esposa do empresário, Mirelis Zerpa, está foragida, ela teria fugido do Brasil para os Estados Unidos e agora integra a lista de procurados pela Interpol. De acordo com a Polícia, Gladison dos Santos também estava planejando deixar o país antes de ser preso. Outros dois sócios da GAS Consultoria também estão presos e tiveram a prisão preventiva foi mantida na última sexta-feira.

A PF investiga a origem do dinheiro. Os policiais não descartam a possibilidade de lavagem de capitais para o tráfico de drogas. Para os investigações, a GAS Consultoria prometia lucros impossíveis aos clientes: 10% mensal pelos investimentos em criptoativos. No entanto, a volatilidade desse mercado não permite o estabelecimento de ganhos fixos. Em cerca de um mês, o crescimento foi de quase 17%, enquanto os vintes primeiros dias de junho registraram queda no setor de bitcoins.

RELEMBRE O CASO:

Gladison foi preso em um condomínio de luxo, na região da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Na residência, a PF apreendeu cinco malas com uma quantia milionária de dinheiro em real e libras esterlinas.

No total a PF apreendeu, 591 Bitcoins, na cotação de do dia da apreensão, valiam aproximadamente, R$ 148 milhões, 21 veículos de luxo, jóias, celulares, aparelhos eletrônicos e documentos. Os valores em dinheiro, apreendidos em malas, num dos endereços de luxo ultrapassou os R$14 milhões.

A polícia acendeu o alerta depois que Wesley Pessano, influenciador digital e consultor no mercado das criptomoedas, foi morto em São Pedro da Aldeia, também na Região dos Lagos. Uma força-tarefa foi aberta para apurar as circustâncias da morte dele que aconteceu no último dia 04. A região vem sendo chamada de "Novo Egito" por conta do grande número de pirâmides financeiras.

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