Cardápios digitais: Governo do estado tem até hoje para decidir Projeto de Lei

O PL obriga que os estabelecimentos comerciais ofereçam também os cardápios físicos

Júlia Zanon*

Cardápio digital pode não garantir acessibilidade
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A discussão em torno do cardápio físico e digital saiu das redes sociais e passou a ser debate público no Rio de Janeiro. Hoje, quinta-feira (1), é o último dia para o governador Cláudio Castro sancionar ou vetar o Projeto de Lei Nº 6.392/22. O PL foi aprovado no dia 9 de maio pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Se o projeto for aprovado, vai atingir não somente bares e restaurantes, mas também hotéis, e estabelecimentos similares. Dessa maneira, ainda que tenha o cardápio em QR Code, a opção física deve estar disponível aos consumidores.

O objetivo do Projeto de Lei é impedir que os estabelecimentos que comercializam comidas e bebidas utilizem somente o cardápio digital, garantindo assim, mais acessibilidade. O deputado Roberto Negreiros argumenta que os cardápios digitais trazem dificuldades para as pessoas mais velhas.

A onda de cardápios digitais ou em QR Code surgiu durante a pandemia, como forma de evitar o contato com os outros ou com o material físico. Mas esse tipo de disponibilização foi adotado pelos estabelecimentos, que descartaram o os cardápios físicos. João Diniz, dono do restaurante Blá Blá, de comida japonesa, defende o uso do QR Code já que tem uma maior praticidade e é mais fácil do cliente visualizar as imagens dos pratos no menu digital. Diferente do dono do Bar Jobi, Manoel Rocha, que prefere o uso dos cardápios físicos, apesar de disponibilizar também o QR Code.

Uma pesquisa realizada pelo Galunion em setembro do ano passado mostrou que a maioria das pessoas desta geração preferem os cardápios digitais, enquanto os idosos, se dão melhor com os físicos.

Para os entrevistados de 18 a 23 anos, 52% preferem este meio para acessar o menu, 43% para realizar o pedido e 45% para realizar o pagamento. Na faixa etária que vai de 24 a 38 anos, 48% preferem o digital para acessar o menu, 41% para realizar o pedido e 45% para realizar o pagamento. Porém, quando considerada as idades entre 39 e 54 anos, apenas 38% preferem acessar o menu digital, 36% realizar o pedido e 42% efetuar o pagamento.

*Sob supervisão de Myllena Amorim

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