Caças supersônicos são batizados em cerimônia da FAB no Rio

Em alusão ao dia nacional da aviação de caça, dois caças "F39 Grippen" foram incorporados à Força Aérea Brasileira na Base de Santa Cruz

Felipe de Moura*

O grippen é uma aeronave multimissão Reprodução
O grippen é uma aeronave multimissão
Reprodução

Os dois primeiros caças supersônicos "F39 Grippen" foram oficialmente incorporados à frota da Força Aérea Brasileira (FAB), nesta sexta-feira (22), na Base Aérea de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. A cerimônia de batismo aconteceu em alusão ao dia nacional de aviação de caça, que é comemorado hoje (22).

O evento contou com a presença do Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) e de outras autoridades.

"Essa aeronave é de uma geração diferente da que nós temos. Isso representa um salto tecnológico quando a gente fala sobre os sistemas embarcados da aeronave, o que no final vai resultar em eficiência do nosso espaço aéreo", disse o Major Abdon Vasconcelos, piloto da FAB.

O grippen é uma aeronave multimissão, o que possibilita realizar missões pelo ar, pelo solo e de reconhecimento. Outra vantagem operacional do grippen é a capacidade de decolar em pistas de dimensões reduzidas, de até 800 metros de extensão, três vezes menos do que precisam os caças de gerações anteriores.

"Eu não preciso de um aeroporto com grande estrutura para poder passar a operar a partir dali. E ainda vislumbro a possibilidade de operações via rodopista. Nós temos um país com dimensão continental", afirmou o Major.

A previsão é que essa aeronave chegue até às unidades da Força Aérea na metade do segundo semestre desse ano. Outros quatro grippens devem ser entregues ainda este ano - serão 36 até 2027. O acordo assinado com a empresa sueca Saab, em 2014, ao custo de 5 bilhões e meio de dólares, prevê ainda a transferência de tecnologia, para que o grippen possa ser produzido no Brasil.

"No final, o que a gente procura nessa aeronave é eficiência. Eficiência desde a manutenção dela no solo até o momento do pouso. A sensação é de gratidão, de realização profissional e realização pessoal como piloto de ser um dos poucos que esteve nessa aeronave até agora. É um prêmio", concluiu o piloto.

*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco