O ator e apresentador Bruno de Luca afirmou à Polícia Civil que só soube que Kayky Brito havia sido atropelado no dia seguinte ao acidente. Ele relata que viu o atropelamento, mas pensou não se tratar do amigo, já que eles teriam se despedido minutos antes.
Bruno de Luca prestou depoimento, nesta quarta-feira (6), na Delegacia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Ao sair da delegacia, o apresentador disse que ainda está muito assustado.
"Foi a pior coisa que aconteceu na minha vida. Eu tô muito assustado. Kayky é meu melhor amigo, a gente tava escrevendo uma peça juntos, se divertindo, e depois que eu fui pagar a conta aconteceu o que vocês viram", afirmou o ator.
No documento que registra o depoimento obtido pela Band, Bruno de Luca afirma que recebeu Kayky Brito em seu apartamento, no sábado passado (2), onde "conversaram sobre a criação de uma peça teatral".
Os dois pegaram o carro de Bruno e foram para um quiosque, escolhido "de forma aleatória".
Segundo de Luca, ele já planejava deixar o veículo em frente ao quiosque e voltar de uber, pois sabia que iria beber.
O ator afirmou que ele e Kayky "ingeriram cerveja e alguns drinks" e "que não fizeram uso de nenhuma outra substância"
Depois de algumas horas, de acordo com o apresentador, Kayky chegou a se despedir para ir embora.
Teria sido nesse momento que a câmera de segurança mostra Brito atravessando a rua em direção ao carro, aparentemente para pegar algo.
Mas Bruno de Luca afirma que não viu o amigo indo em direção ao veículo, não sabe o que poderia motivá-lo a ir até o carro e que a chave do automóvel estava em seu bolso.
Ele diz ter ouvido, momentos depois, o barulho de um impacto.
O ator alega, porém, que não percebeu que se tratava de Kayky Brito. Ele acreditava que o amigo já havia ido embora.
Afirma ainda que quando leva a mão à cabeça e entra em desespero é porque tem "pavor de acidentes". E que não foi até a vítima “devido ao trauma sofrido”.
Bruno de Luca também disse à polícia que não sabe descrever exatamente o que aconteceu no momento do acidente e que só soube que a vítima do atropelamento era Kayky na manhã seguinte.
O ator contou ainda não saber como chegou em casa pois estava em choque com o acidente presenciado.
E que teria recebido a notícia do atropelamento de Kayky quando a irmã da vítima, Sthefany Brito, ligou para ele por volta das 9h, quando de Luca estava no aeroporto.
Bruno disse aos investigadores que chegou a enviar uma mensagem para Kayky, antes da ligação, para "conversarem sobre o ocorrido".
Ele acreditava que o amigo também teria visto o acidente, que pensava ter terminado com a morte de alguém.
Também nesta quarta-feira (6), a Polícia Civil ouviu o garçom do quiosque em que Kayky e Bruno estavam. Edivam Martins afirmou que Kayky não estava embriagado na hora que atravessou a rua. Ele revelou que os amigos beberam três doses de vodka cada e energético.
“Quando o Kayky atravessou, eles já tinham pagado a conta e eu estava na calçada esperando o ônibus, foi quando eu ouvi o barulho”, lembrou.
O garçom também afirmou que o carro que atingiu o ator não estava em alta velocidade.
O motorista, após o acidente, prestou socorro e chamou a ambulância. O exame feito no Instituto Médico-Legal não apontou traços de álcool no sangue do condutor.
A passageira que estava com a filha no carro do motorista de aplicativo já foi ouvida e negou excesso de velocidade.
O ator Kayky Brito precisou passar por uma cirurgia e segue sedado. Segundo o último boletim médico, ele apresenta sinais de melhora. O artista está internado na UTI do Hospital Copa D'Or, na Zona Sul do Rio.