Com gols de Richarlison, a Seleção Brasileira venceu a Sérvia, pelo Grupo G da Copa do Mundo. Além de assumir a liderança da chave, o time de Tite quebrou uma escrita contra europeus que durava três anos e sete meses. Desde a vitória no amistoso contra a República Tcheca, em abril de 2019, o Brasil não sabia o que era vencer as seleções do Velho Continente.
De lá pra cá foram 43 partidas, sendo 34 duelos contra sul-americanos, quatro diante de asiáticos, quatro frente a africanos e um outro contra o representante da Concacaf. O longo período sem encarar os europeus preocupava, uma vez que a Seleção Brasileira foi eliminada por eles nos últimos quatro Mundiais.
O problema, porém, não se restringe apenas ao Brasil. A Associação do Futebol Argentino (AFA), entidade que comanda o futebol do país, enfrentou o mesmo obstáculo. Desde a queda para a França na Copa da Rússia, a Albiceleste entrou em campo apenas três vezes contra as seleções europeias. Uma delas, inclusive, foi um ajuste entre Conmebol e Uefa para colocarem frente à frente as seleções campeãs da Copa América e Eurocopa.
Para se ter uma ideia do distanciamento, em 2013, o Brasil disputou nove partidas contra europeus. Já em 2016, não houve encontros. A situação nunca agradou a comissão técnica brasileira, que ficou sem muito parâmetro diante da ausência de jogos contra times de outras confederações. A estreia de ontem, no entanto, deu indícios que a forte e renovada Seleção Brasileira continua no páreo quando entra em campo diante das seleções europeias.
*Sob supervisão de João Lidington