Os pais de um bebê de 23 dias acusam uma UTI neonatal da Zona Norte do Rio pela morte do filho. Arthur Gonçalves dos Santos chegou no pronto atendimento na manhã de terça-feira (22) com sintomas de febre. Por volta das 17h, ele saiu da clínica em uma ambulância, com paradas cardíacas constantes após receber uma medicação. Pouco depois de chegar no outro hospital, o bebê morreu.
O caso foi registrado na 23ª DP (Méier) como homicídio culposo. Os agentes removeram o corpo para o Instituto Médico Legal (IML) e solicitaram os boletins de atendimento médico e imagens de câmeras de segurança das unidades de saúde.
O recém-nascido estava com 37 graus de febre quando foi levado pela mãe e pela avó para o ProntoBaby do Méier. Os médicos realizaram alguns exames e foi identificada uma infecção urinária que estava causando o estado febril no Arthur. A médica decidiu dar dois tipos de medicamentos venosos ao bebê, que, na hora, teve reação.
Arthur começou a ficar roxo, os pés brancos e os batimentos cardíacos mais fracos. O estado do bebê piorou e ele foi transferido para uma UTI na Tijuca, na Zona Norte do Rio.
Ao todo, a criança teve cinco paradas cardíacas - duas na unidade da Tijuca - antes de falecer.
O caso foi transferido para a 26ª DP (Todos os Santos), que dará continuidade às investigações.
Em nota, o Grupo ProntoBaby afirmou que deu início a um tratamento com antibiótico na veia quando foi identificada a infecção urinária. Quando o quadro piorou, ele foi transferido para um hospital com leito de Unidade de Terapia Intensiva pediátrica.
Ainda segundo eles, a evolução repentina do paciente pode ser explicada por quadros de meningite, sepse neonatal, além da infecção urinária, que podem aumentar o risco de morte, em razão da imaturidade do sistema imunológico do recém-nascido.
*Sob supervisão de Helena Vieira